9 de set. de 2010

Clima quente na TV.

As eleições se aproximam e com isso tem se itensificado, nitidamente, os ataques entre os candidatos, aqui e em todos os Estados.

Ontem, o candidato Simão Jatene (PSDB) criticou a candidata Ana Júlia (PT) que, segundo o tucano, diz em seu programa que a saúde no Estado está “às mil maravilhas”. O programa de Jatene mostrou a obra inacabada do hospital de Ipixuna do Pará e depoimento de moradores das redondezas criticando a falta do hospital. Ressaltou mais uma vez a última pesquisa do Ibope que lhe dá 10 pontos de vantagem em cima da candidata petista. “Vamos juntos fazer o Pará crescer novamente”, disse o candidato.

A candidata Ana Júlia mostrou que há sete anos o Pará estava em vias de perder a siderúrgica da Vale para o Maranhão, o que classificou como “uma derrota do governo do PSDB”. Em seguida, mostrou sua atuação como governadora em 2007, quando procurou o presidente Lula e a Vale para fechar um acordo e trazer a siderúrgica para o Estado. Também ressaltou o polo de biodiesel criado no Estado, tudo permeado com imagens do presidente Lula. “O Pará cresceu e novas indústrias e empregos chegaram. Com os impostos, pudemos investir mais”, disse a candidata.

Domingos Juvenil (PMDB) atacou a educação no Pará, afirmando que o Estado é líder em evasão escolar, possui mais de 260 mil crianças fora da sala e possui um dos piores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do país, tudo permeado por depoimentos de estudantes, professores e trabalhadores da educação criticando a área. “Vamos aprimorar a carreira dos professores, melhorar os salários e abrir as escolas aos finais de semana para atividades comunitárias”.

Fernando Carneiro (Psol) também criticou o ensino público no Pará, considerado por ele como “um dos piores do país”. “Vamos investir 30% na educação e resolver problemas como reforma nas escolas, transporte escolar e livrar o Pará do analfabetismo, colocando o aluno na escola”. Já Cleber Rabelo (PSTU) aproveitou o mote da Independência do Brasil para afirmar que o Brasil ainda é dependente do capital externo com uma dívida externa bilionária, criticando a atuação da Vale “que exporta diariamente 250 mil toneladas de ferro por dia” sem pagar quase nada de ICMS.

O clima deve esquentar ainda mais. Vamos aguardar os próximos capítulos.

Um comentário:

Anônimo disse...

A governadora Ana Júlia Carepa (PT) voltou a exibir no programa eleitoral da televisão a maior obra de seu governo: a placa da siderúrgica da Vale - uma empresa privada - em Marabá. Depois, mostrou a segunda maior obra de sua gestão: o projeto de biodiesel de dendê, da Agropalma - uma empresa privada - em Tailândia, Moju e Tomé-Açu. Exibiu ainda a terceira maior obra de sua gestão, uma fábrica de chocolate de outra empresa privada, em Medicilândia.
É impressionante: três anos, oito meses e nove dias depois de iniciado, o governo de Ana Júlia - rejeitado por 41% dos eleitores do Pará, segundo o IBOPE - não tem uma única obra para chamar de sua e mostrar na propaganda eleitoral. Não tem um hospital, uma universidade, uma escola, um centro de convenções. Talvez, com boa vontade, possa mostrar a cozinha industrial do Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, obra do governo Simão Jatene que Ana Júlia colocou placa e inaugurou, na maior cara de pau, quatro meses depois de tomar posse.
Faltando 24 dias para as eleições, seria melhor cortar as intermediárias: Ana Júlia renunciaria e apoiaria Roger Agnelli, presidente-executivo da Vale, para governador.
Fica a sugestão.