26 de nov. de 2010

TCE do Pará paga salários de R$ 42 mil

Carlos Mendes ESPECIAL PARA O ESTADO / BELÉM - O Estado de S.Paulo
Doze procuradores do Trabalho e promotores de Justiça ingressaram com ação civil pública contra todos os conselheiros do Tribunal de Contas (TCE), o Estado do Pará e o próprio Tribunal. A acusação é de que os conselheiros recebem acima do limite estabelecido na Constituição Federal.


De acordo com a ação, os conselheiros recebem R$ 42.232,49 mensais, remuneração superior ao teto remuneratório, hoje fixado em R$ 26.723,13 para ministros do Supremo Tribunal Federal e R$ 24.117,62 para desembargadores. De acordo com a Constituição, eles deveriam ganhar igual aos desembargadores.

Os autores da ação afirmam que, durante a instrução do inquérito, pediram ao TCE os contracheques dos servidores, mas o pedido foi negado. De acordo com a presidente do Tribunal, Lourdes Lima, que é uma das processadas, "os documentos contendo os valores recebidos pelos conselheiros estariam acobertados por sigilo".

O promotor dos Direitos Constitucionais e do Patrimônio Público, Alexandre Couto Neto, contestou a presidente do TCE, lembrando que comprovante de pagamento de servidor público "não é protegido por sigilo legal". Ele também afirma que na administração pública "a publicidade é a regra e o sigilo, uma exceção", precisando constar expressamente em lei ou decorrer de ordem judicial.

Os conselheiros foram intimados a prestar esclarecimentos. Apenas um deles, Nelson Chaves, autorizou expressamente que o TCE fornecesse as cópias de seus contracheques. Apesar da autorização, a direção do TCE não enviou os documentos para o Ministério Público.

No processo, que começou a tramitar na segunda-feira, é pedido que a Justiça determine ao TCE a apresentação das folhas de pagamento dos réus desde junho de 1998. Comprovado que os conselheiros recebem além do limite legal, o Ministério Público requer ainda que o Estado se abstenha de pagar a eles valores superiores ao "teto constitucional". Além disso, pretende que devolvam aos cofres públicos os valores já recebidos ao longo dos anos.

O TCE se nega a comentar o processo e nenhum conselheiro foi autorizado a falar sobre o assunto. O setor jurídico do Tribunal também não se manifesta.

9 comentários:

  1. Anônimo4:48 AM

    Bacana, convenhamos é duro ter as contas julgadas por esse tipo de gente. Lembra do auxílio moradia? Eu acho que os demais conselheiros estão achando o Nelson Chaves a laranja podre. Depois não fiquem apresentando teorias para a situação da saúde, para o alto índice de criminalidade e violência urbana. O raciocínio é simples: Se eles podem de paletó e gravata em clima de montanha, porque outros não podem com uma máquina na mão?

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  2. Anônimo5:51 AM

    no meu voo partindo de bsb, desembarcando em belém, nesta quinta feira, aldo rebelo, na mesma aeronave gerson perez era só sorrisos ao deputado petista. aí tem bacana.

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  3. Anônimo6:53 AM

    Os salários dos Conselheiros do TCM não ficam nenhum pouquinho abaixo dos seus congêneres do TCE.

    Todos possuidores de extrema sabedoria.
    Há há há há........

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  4. Anônimo8:43 AM

    Primeiramente venho parabenizar todos os blogueiros por publicarem em massa esta matéria. Quem sabe assim nossa justiça tome alguma providencia. Mas seria bem vindo se vcs divulgassem o nome de todos esses marmanjos para a população tomar conhecimentos quem são as feras.

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  5. Anônimo10:47 AM

    é por isso que todas as contas são aprovadas e todos querem ir para o TCE...logo logo vão criar uma assessoria militar você ainda vai ver bacana...kkkkk...

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  6. Onde está a grande imprensa deste Estado.

    Por muito menos a Ana Júlia foi enxovalhada.

    Falo isso de peito aberto, até porque não votei nela, mas convenhamos a imprensa deste Pará maravilhoso não tem interesse algum em investigar um escândalo dessa magnitude

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  7. Anônimo1:27 PM

    Todos os con$elheiro$ tem notório saber em esperteza.
    Pena que, acho eu, não irá acontecer nada de nada.
    Nem redução nem devolução de grana.
    Rezemos.

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  8. Anônimo3:23 PM

    A isso denomina-se "desonestidade".

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  9. Anônimo7:49 PM

    O Ministério Público tem que abrir a caixa preta do TCM, os salários são iguais ou maiores que os do TCE,fora as mordomias e viagens com diárias milionárias dos conselheiros.

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