5 de dez. de 2010

A guerra e a política - Parsifal

Quem se jacta com a renúncia de Jader Barbalho ao mandato de deputado federal, comete o engano de achar que o jogo é de uma só mão: ele não renunciou à política, e deter, ou não, um mandato, não faz diferença no seu comando sobre o PMDB paraense.

Quem já tem como liquidada a fatura da eleição senatorial, poderá também vir a ter que restituir o indébito: o empate no STF que lhe indeferiu o registro, ainda será desempatado e as chances dele receber os seus votos são mantidas em 50%.

Se prevalecer os outros 50%, há ainda o pedido de anulação da eleição senatorial, cujas probabilidades jurídicas são maiores que 50% e, neste caso, com a inelegibilidade extinta em 31 de janeiro de 2011, Jader poderá ser candidato ao Senado novamente, em fevereiro.

Poderá ainda vir a ser candidato a prefeito de Belém em 2012; a deputado federal, ou senador, em 2014, quem sabe a governador.

Portanto, tranquilizem-se os muitos que o amam tanto quanto os poucos que o odeiam: o objeto do amor e do ódio de ambos continuará firme e forte na política do Pará e do Brasil.

Winston Churchill disse que a “a guerra e tão excitante quanto a política e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.”.

Jader Barbalho travou várias guerras durante a sua trajetória política. Foi ferido em várias, mas, não foi morto em nenhuma e, se um dia o for, conforme Churchill, ressuscitará.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não esquecer que ele renunciou mais uma vez após os processos dele entrarem em pauta do STF por duas vezes (dia 16 e dia 18) e isso caracteriza a renuncia como subterfugio para escapar do julgamento, e remessao do processo para justica comum... isso pode ainda ser interpretado de acordo com a lei do ficha limpa - poxa, mais 8 anos seria o fim ne? rsrs

Anônimo disse...

A vida do Jáder está pautada sempre por um "Se". Se não for votada a ficha limpa, se, se,...Então Parsifal, sonhar um pouco faz bem para a alma. Continua sonhando

Anônimo disse...

Interessante.

Já admirei muito o Parsifal. Mas o comportamento dúbio do dileto deputado, no periodo pré-eleitoral, mormente quando o JB ainda "não" decidira a que cargo concorreria, fez com que esse sentimento se esgotasse à termo. Ora o deputado em tela, tem, nada mais que falácia e um português massante para a esmagadora maioria de seus eleitores, que é, para quem suponho, dedica-se a escrever. Olha, minha fajuta opinião é que, salvo engano, o JB pode ir providenciando o necessário pijama. O Jaderismo levou um golpe mortal, digo isso porque se o Ministro a ser nomeado pelo Presidente for mesmo o seu Advogado Geral, o placar será 6 x 5 em desfavor do nobilíssimo ex-deputado federal. Não terá justificativa que comova o TRE a realizar outra eleição para o senado no Pará. E essa história de Prefeito de Belém, só mesmo no delírio do Parsifal, O JB pode ser besta, mas burro ele nunca vai ser. Outra coisa, o Jatene não é a Ana Julia. Daqui há 4 anos acontecerá ao JB a mesma coisa que aconteceu ao Jarbas, Alacid e ouros: transformar-se-á em, apenas, mais uma sombra do passado. Quando ao nosso agora deputado estadual, de fato e de direito, acho que deveria tornar-se menos pedante e mais atuante em prol da precária região que o elegeu. E deixar as macro-questões para uma outra hora.

P.S. A próxima eleição para o senado terá apenas uma vaga e é tradição, para não dizer outra coisa, que o candidato mais forte ao governo, elege o seu Senador, portanto, é melhor o JB e preparando a costa para mais uma cipoada de timbuí. Se, antes, não derem de presente a ele um belo par de pulseiras prateadas, daquelas fabricadas no estado do Tocantins.

Augusto Cesar Mesquita Cavalcante de Mello