22 de set. de 2010

Scorpions no DF


Não é preciso ser fã da banda Scorpions para conhecer alguma música deles. Quem viveu os anos 1980, auge do grupo alemão, sabe bem disso. Seja no rock Like a hurricane ou na balada Still loving you, o quinteto deixou sua marca na trilha sonora daquela década e ainda atrai multidões para seus shows. Principalmente na atual turnê, divulgada como a última do grupo. Iniciada no começo do ano e programada para ser encerrada apenas em 2013, a Get your sting and blackout world tour, que chega hoje a Brasília, já passou por João Pessoa, São Paulo (com duas apresentações) e Curitiba. Na sexta, é a vez de São Luís. O primeiro show brasiliense dos alemães, no Ginásio Nilson Nelson, está previsto para as 21h.

O roteiro da noite será focado nos discos Blackout (1982) e Love at first sting (1984), os mais populares da banda. Músicas anteriores e posteriores a esses trabalhos também entrarão no set list, assim como faixas do álbum mais recente, Sting in the tail (2010).

A primeira vinda da banda ao Brasil foi em 1985, para a primeira edição do Rock in Rio. Em entrevista por telefone, Rudolf Schenker, guitarrista e fundador dos Scorpions, contou ao Correio que guarda boas memórias da ocasião. “Passamos sete dias loucos no país”, lembra o músico, de 62 anos. “Durante o show, eu estava tão empolgado, pulando, que acabei acertando minha cabeça com a guitarra. Fiquei coberto de sangue! Tive que ir ao médico depois. Acredito que o Rock in Rio foi um dos meus auges.”

Escolher os melhores momentos de uma trajetória iniciada em 1969 não é tarefa das mais simples, ainda mais para uma banda cuja popularidade alcançou os quatro continentes e a vendagem de discos chega às centenas de milhares. “Somos uma banda da Alemanha que ultrapassou a barreira de países, religiões e gerações”, comenta Rudolf Schenker. “Tocamos na União Soviética quando ninguém mais pensava em fazer isso. Fomos convidados ao Kremlin por Gorbashev”, continua o guitarrista.

Em 2009, o quinteto, formado pelo vocalista Klaus Meine, os guitarristas Matthias Jabs e Rudolf Schenker, o baixista Pawel Maciwoda e o baterista James Kottak, anunciou sua aposentadoria. Schenker explica que terminar a banda depois desta turnê seria uma maneira de fazer isso em forma, com um disco que vem recebendo elogios de fãs e da crítica: “Além disso, em 2013, eu estarei com 65 anos. Até fazermos um disco e cair na estrada de novo, eu já estaria com 66 ou 67 anos. Já não conseguiríamos pular no palco, dar o melhor de nós ao vivo. É melhor terminar a carreira bem do que definhar na frente do público”.




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