( do Blog Perereca da Vizinha)
Depois de ler alguns comentários que recebi, especialmente os impublicáveis, pensei, pensei e decidi: vou votar em Jader Barbalho para senador.
O voto é meu, eu quero votar. Quem é que vai me impedir?
E olhem que faz exatamente 28 anos que não voto no Jader.
Votei em 1982, como todos os que lutavam pela redemocratização.
E de lá pra cá, nunca mais.
Mas hoje decidi: vou, sim, votar no Jader.
E vou fazê-lo pelo mesmo motivo de 1982: em defesa da Democracia.
Não aceito atentados contra o Estado de Direito, como é o caso dessa aplicação retroativa da Lei da Ficha Limpa.
Não me submeto ao autoritarismo de meia dúzia de “iluminados”, que imaginam poder “enquadrar” a população brasileira.
Se não estou enganada, o documento que resultou na Lei da Ficha Limpa foi assinado por 1,7 milhão de pessoas.
Isso é “clamor social”? 1,7 milhão? Mas de que país é que estamos a falar?
Ora, isso não representa nem 1% da nossa população, que é de 194 milhões.
E pelo andar da carruagem, só a votação do Jader deve quase empatar com esse 1,7 milhão de assinaturas.
Então, onde é que está o tal “clamor social”?
Na internet, à qual só tem acesso uma ínfima parcela da nossa população?
Na nossa imprensa, com o seu comportamento tão “ético” que até fabricou um presidente como o Collor de Mello?
Na verdade, a Lei da Ficha Limpa só passou porque ninguém se opôs.
E ninguém se opôs porque, no fundo, todos nós acreditamos que é preciso, sim, moralizar a política brasileira.
Ao contrário do que pensam algumas “ilhas de virtude e santidade”, não somos uma Nação de bandidos.
Mas por mais nobre que seja essa causa, não podemos simplesmente destruir os fundamentos do Estado de Direito.
Não podemos usar a Ficha Limpa para cassar os direitos de adversários políticos.
Não podemos negar o devido processo legal a quem quer que seja - sob pena de escancararmos as portas ao autoritarismo.
É por isso que vou votar em Jader. E não só vou votar em Jader: vou pedir votos pro Jader, na minha família, na minha rua.
Se der, até coloco no meu blog um banner dele.
E vou mandar e-mail aos ministros do Supremo, rogando que eles não permitam que a nossa Constituição seja pisoteada desse jeito.
Fiquei besta com a arrogância de um comentarista deste blog, que chegou a dizer: “e vai tratando logo de arranjar outro candidato, porque esse outro também vai ser impugnado”.
E eu fiquei a pensar: mas esse sujeito bilé, mal resolvido, deve imaginar que é mais cidadão do que eu. Deve pensar que é algum “deus”, pra determinar em quem eu posso ou não votar – e como eu, milhões de paraenses.
O voto é meu. O voto é da dona Maria. O voto é do seu José.
E se queremos votar em Jader, quem é que nos impedirá?
FUUUUUIIIIIIII!!!!!!
6 comentários:
Não voto em ficha suja, não se trata de aplicação retroativa de lei, posto que antes de ser uma punição, trata-se de uma medida protetiva. No cotejo entre liberdades individuais e o interesse público, entendo que este deva prevalecer.
O meu critério é simples, político honesto não enriquece, não dá para enriquecer com a política, não de forma honesta, se enriqueceu (estou falando de milhões)...bem, a conclusão é um simples exercício de lógica.
Se tem quem vota em Ana Júlia e Pualo Rocha por quê a Pererca não pode votar no Jáder?
Liberdade e Democracia acima de tudo.
Enquanto forem candidatos, podem sim ser votados.
E deixem a Perereca em paz.
JADER O ORGULHO DOS PARAENSSES
... dos paraenses inescrupulosos. Vergonhoso!
Ass. Pedro Paulo Ziviane. Prof. servidor pu´blico.
se tú falar que vota em outro ele te manda pro olho da rua
tens razão, o voto é seu. mas que bom que esses 1,7 milhão não são cegos. Agora, do que adianta dizeres tudo isso. ah! ganhando por fora, né?
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