Enquano isso na OAB...

OAB decide e reduz as labaredas. Mas não as extingue.
Então, é assim.
Entre mortos e feridos, salvaram-se todos.
E o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará, ao contrário da sessão do dia 2, em que decidiu nada decidir, enfim chegou, na reunião de ontem, a uma decisão.
Por unanimidade, os conselheiros decretaram a nulidade do negócio que envolveu a venda de um terreno de 1 mil metros quadrados da Subseção de Altamira para o advogado Robério D'Oliveira, por R$ 301 mil.
Com o desfazimento da operação, que, aliás, foi solicitado formalmente pelo próprio Robério, em expediente protocolado na Ordem, no início do mês passado, o dinheiro que ele depositou lhe será integralmente devolvido, conforme aprovado pelos conselheiros, também à unanimidade.
E quanto às atas, as polêmicas, turbulentas atas de sessões do mês de junho passado, que deliberaram sobre a venda do imóvel?
Foram aprovadas, igualmente.
À unanimidade.
Sem que ninguém tugisse nem mugisse.
E agora?
Essa perguntinha - "E agora?" - é a mesma que Ribentropp, o ministro das Relações Exterior do Reich nazista, fez a Hitler, o Füher, assim que este recebeu do próprio Ribentropp a informação de que a Inglaterra, temida pela Alemanha, entrara na Segunda Guerra Mundial.
A OAB do Pará não tem nenhum Hitler por lá.
Por lá, não se trava uma guerra das dimensões de uma mundial. Longe disso.
Mas que se trava uma guerra - guerrinha que seja -, isso é fato.
Contra fatos, ninguém deve brigar.
Nem conselheiros da OAB?
Nem eles.
E as conjuminâncias, digamos assim, tomadas na sessão de ontem não servirão para desanuviar o clima.
Ao contrário, as pendências vão continuar.
Há um inquérito rolando na Polícia Federal, para apurar a falsificação da assinatura de ninguém menos do vice-presidente da Ordem, Evaldo Pinto.
E o próprio Conselho Federal da entidade ainda está por anunciar o relatório da sindicância instaurada para apurar esse angu todo.
Até que esses dois procedimentos se encerrem, as chamas na OAB continuarão acesas.
Talvez já não sejam mais labaredas.
Mas continuarão acesas.


( do Blog Espaço Aberto)