Me faço esta pergunta sempre e me fiz hoje lendo o Yúdice falar do primeiro ano de sua Júlia.
Como pude viver tanto tempo sem o JP? Não sei, nem sei como era a minha vida antes dele, nem lembro.
Ou melhor, não teve importância. Não depois que ele veio, não depois de viver 2 anos e 6 meses com ele.
Hoje também me peguei lembrando que uma vez minha família se mudou de Porto Velho para Campo Grande e eu resolvi ficar. Tinha eu 18 anos.
Lembrei-me disso e fiquei imaginando como fiz meus pais sofrerem. Acho que se o JP fizesse isso eu trazia ele amarrado.
Só se sabe como fomos cruéis e agimos errado com nossos pais quando nos tornamos pais. Aí a gente nem se importa em ser alguém, a gente pode ser o pai de...
Tudo gira em torno dele, os pensamentos são para ele, as orações são para ele, os cuidados são para ele, o trabalho é para ele. Tudo.
E quando sentimos saudade é uma dor enorme, os olhos ficam cheios de lágrimas, o pensamento lembra daquela carinha, daquele sorriso, daquele dengo.
Ser pai é a melhor coisa do mundo.
Pena que demorei tanto.
É Yúdice, a vida apenas começa quando eles chegam.
E como crescem rápido.
Sei lá como pude viver tanto tempo sem ele.
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