5 de jul. de 2009

Direto da 3D

Pra começar
A primeira é sempre a mais difícil. Falta de tempo e tal, ir por aqui ou por alí? Resolví ir por aqui. Cetordia Oswaldo Mendes me pede pra copiar um comercial antigo e aproveito pra levar a fita adiante e ver o que mais tinha: comerciais feitos lá pelos meados 80s, criados pela Mendes e executados aqui em Belém. A brincadeira de produzir comerciais, por aqui, nasce pelo final dos 70s, início dos 80s. Por aí, o Brasil atravessa uma das piores crises econômicas da história do país. Grana curta mas criatividade jorrando, herança dos exercícios que a excessão política faz praticar. Tempos de “incessão“ criativa. E na fita da Mendes, exemplos dignos de mostrar pra moçada que tá criando e também para quem cria há trêsontonti, recordar o que já se fez e bem. Revejo comerciais, no mínimo, eficazes, feitos a partir de idéias que vendiam e entretinham. Anúncio de telefonia usando apenas mãos. Anúncio de sapataria apenas com pés. Anúncio de loja de iluminação só e tão somente com vozes de 2 atores e um fósforo riscando no breu. Lembro de muitos outros exemplos de peças criadas pelas extintas Master e Mercúrio, pela Galvão e por outras. Converso, no outro dia, com Rosenildo Franco e ele me diz que idéias assim são as primeiras que, hoje, quem decide propaganda amassa e joga no lixo, sem ao menos dizer o porquê. Curioso. No mínimo, falta de amor ao bolso, embora, no modelo atual, nem sempre o bolso do próprio que decide. Se há crise e 40% a menos no faturamento das empresas nacionais, segundo as mais recentes estatísticas, é estranho haver essa resistência às idéias simples, bonitas e que comunicam, usando baixo orçamento. Se dava pra fazer quando as condições técnicas nem de longe se assemelhavam às atuais, muito mais agora, quando a média das produtoras daqui têm um nível técnico, de longe, superior. Não acredito que o nosso mercado careça de novas idéias criativas. Talvez o X seja o modelo que se implantou. Ou o letramento teórico de 12 meses e pouco, em algum mercado de fama maior. Ao invés do rechaço, do nariz-em-pé, tal letramento poderia ser o viço ao conhecimento daqueles que sabem propaganda pela vivência, pelo experimento, pelos erros e acertos. Fica, pois, o causo do serelepe que expôs a nova estratégia de marquetingue através de templates, malls, blimpers, stopers, keflers, vibes, bellow the lines, e o dono do negócio – que ficou rico, fazendo - apenas retrucou:
- Só me diz uma coisa: isso tudo vende?
Eu volto com outra. Espero.
Zé Paulo

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