17 de jun. de 2010

Pará receberá maior projeto de mineração do mundo



A Vale vai dobrar a produção de minério de ferro no Pará, que seria o mesmo em dizer que o Estado ganhará um novo Projeto Carajás. Em reunião com a diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), a mineradora apresentou o Projeto Ferro Carajás S11D, que já é o maior do mundo. Em 2015, na fase de operação, o S11D em um incremento de 14% no PIB paraense, sendo que também contribuirá com mais de US$ 5 bilhões ao ano para a expansão do superávit na balança comercial brasileira.
“O Pará, com este projeto, ratifica sua importância para a economia nacional. Aqui está o crescimento, vamos, com certeza, liderar este processo rumo ao desenvolvimento. Para isto, estamos nos preparando, qualificando nossos profissionais e as empresas locais, a fim de receber os grandes investimentos e internalizá-los”, ressaltou o presidente da FIEPA, José Conrado Santos.
O projeto contempla a implantação de mina e usina, em Canaã dos Carajás, para a produção de minério de ferro, que deverá atingir uma produção máxima de 90 milhões. A fase de operação da mina/usina começa em 2013, porém o pico de sua produtividade será atingido apenas em 2016 e, segundo informações da Vale, a tonelada do minério de ferro será comercializada a um preço médio de US$ 50, dando mais fôlego as exportações e a economia paraense. Para se ter uma idéia, o repasse da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) ao município de Canaã vai saltar de US$ 20 milhões, em 2010, para US$ 120 milhões, em 2012.
Além da implantação da mina e da usina, o projeto prevê a construção de ramal ferroviário (110 km de extensão), o qual deverá interligar a região do sudeste do estado à Estrada de Ferro Carajás. Esta, por sua vez, será duplicada e ganhará mais 604 km de linhas férreas, aumentando assim a capacidade de transporte da EFC para 100 milhões de toneladas, a partir de 2014.
O investimento do projeto para a infraestrutura logística da região de Carajás será de US$ 6,5 bilhões e resultará em melhoria das condições de competitividade global não somente do sudeste paraense, como também da própria economia nacional, o que coloca o projeto em sintonia com os objetivos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
Segundo o gerente geral de suprimentos do Projeto S11D, Túlio Arantes, já no próximo mês, a Vale instala, no município de Canaã dos Carajás, o canteiro de pré-montagem para ganhar tempo enquanto espera a liberação da licença do Ibama. “O canteiro de pré-montagem será instalado na região no próximo mês. A expectativa é que 60% da mão-de-obra que vai trabalhar nesse canteiro sejam da região. Para isso, estamos em parceria com entidades públicas e privadas no sentido de formar, num curto período de tempo, os trabalhadores do estado”, afirmou.
Em termos de impactos socioeconômicos, o Projeto Ferro Carajás estimulará na criação de 127 mil empregos, por ano, na economia brasileira. Desses, 43.625 ficarão no Pará, 5.201 no Maranhão e 78.235 serão diluídos no restante do Brasil.
Além dos novos postos de trabalho na região, o projeto deverá criar um novo campo de oportunidades de negócios para micro e pequenos empresários do Pará e do Maranhão, estimulado pelas compras locais resultantes dos efeitos multiplicadores do S11D. Estima-se em mais de 200 o número total dessas novas oportunidades.
Outro destaque do S11D, ressaltou o gerente da Vale, é com relação a utilização de novas tecnologias que dão ao projeto o perfil sustentável. “O beneficiamento do minério de ferro será a seco, sem a utilização de água, o que implica dizer que uma grande quantidade deste recurso natural será economizado no processo produtivo. Além disso, estamos misturando biodiesel e diesel para reduzir a quantidade de combustíveis fósseis nas nossas locomotivas, reduzindo a emissão dos gases poluentes”, explicou.

Fonte: Assessoria de Imprensa

2 comentários:

osvaldo pacheco disse...

Ratifica a importância para a economia NACIONAL,APENAS, mas O PARÁ, continuará a receber a " mariola", beneficiando os vizinhos, e outros mas, internamente continua POBRE,carente e sem agregar quase nada nesse segmento, apenas comércio em volta do projeto.Em números qual o percentual do lucro que o Pará, recebe???, e porque continua um dos mais POBRES,NA ECONOMIA NACIONAL com um PIB, apenas de 1,9, TODOS ESSES ANOS dessa exploração do solo paraense.....quem resoponde????
O.Pacheco.

OSVALDO PACHECO disse...

Gostaria de saber se os meus conterrâneos sabem que a VALE, é uma empresa Multinacional,e não uma EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA,( COMO ERA ANTES DA VENDA) com várias Joint-veuturi reunidas, cujo percentual de lucro deixado no nosso Pará, é meramente irrisorio, em comparação ao FATURAMENTO,BRUTO dela, até hoje em 49, BILHÕES DE DÓLARES, em comparação ao preço de COMPRA, de 3 bilhões de reais?sabem.conterrâneos.....ou se não sabem, procurem se INFORMAR para valorizar mais o que estão fazendo com nosso Estado do Pará, tem aí algum candidato de peito que possa fazer mudar o quadro negativo do Pará, quando se abre a BOCA para falar que é a maior Mineradora do Mundo, mas não se diz ao POVO DO PARÁ, que com toda essa GRANDEZA, o nosso PIB, é um dos PIORES , do BRASIl, apenas 1,9. Já que é a maior empresa do Mundo no segmento e ainda investindo como a matéria publicada, porque somos paupérrimos, em relação a outros Estados, que não tem essa grandeza DE EMPREZA???????
Com a palavra os candidatos ao Governo do Estado que tem obrigação de colocar sua posição em relação ao que ocorre ficarmos apenas " COM MARIOLAS",...E AÍ...???Jatene, Priante, Flexa, Valéria, Jáder, Ana, Juvenil, Almir, e o povo inteligente do Pará, pois eu como paraense, me sinto......um..... desinformado, um grande ignorante, em matéria de crescimento economico, em razão dos Produtos Agregados de um Estado. Porque estamos atrasados em 30 anos????
Osvaldo Pacheco.
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