28 de ago. de 2009

Charles Alcântara dá entrevista exclusiva ao blog



O Blog acaba de falar com Charles Alcântara, que deu o seguinte depoimento;


A SAÍDA DO PT

" - Já tomei a decisão, vou sair do PT. Acho que o partido não tem mais espaço para o debate, para a militância mas vou sair depois que o prazo de filiação terminar, assim esvazio o ti ti ti que serei candidato. Não serei, não tem a mais remota possibilidade de ser candidato em 2010, meu compromisso é com meus colegas de categoria aqui no Sindicato."
" - E mais, não vou entrar em partido algum."
Charles disse também que tem a maior consideração do mundo pelo presidente estadual do partido, João Batista, mas que o partido nacionalmente está tomando rumos que ele não concorda.
A saída não se dará agora pois, disse ele, suas forças estão concentradas em resolver o problema do Sindicato com o Governo.

SOBRE A MULTA

Sobre a multa de 50 mil por dia de paralisação, ele disse que vai discutir na justiça. " - O sindicato tem uma renda de 40 mil reais mensais, não tem sede própria, então como vamos pagar 50 mil por dia? "

SOBRE A PARALISAÇÃO

" - Amanhã as 8 da manhã começa a paralisação nas fronteiras e prossegue até quarta feira, uma paralisação de cinco dias, na terça temos uma assembleia e esperamos que o Governo se sensibilize e faça um acordo. A categoria está muito unida, vamos lutar pelo que achamos justo."

SOBRE A POSIÇÃO DO GOVERNO

" - A Governadora tem de lembrar que foi uma sindicalista. Eles encerraram a negociação dia 25, entraram na justiça, conseguiram uma liminar, hoje à tarde fomos citados, ainda assim vamos manter a paralisação, eles estão sendo arbitrários."

SERÁ QUE TUDO ISSO NÃO ESTÁ ACONTECENDO POR SER VOCÊ O PRESIDENTE DO SINDICATO ?

" - Não posso desconsiderar isso, o Governo parece que me tem como inimigo, todo mundo que pensa com o fígado acaba tomando atitudes erradas. Mas estou aqui como presidente eleito pela categoria."

A ADESÃO

" - Vários DAS vão aderir a greve na segunda, no mínimo meia dúzia. Hoje um assessor do Secretário da Fazenda foi entregar seu lugar, sindicalizado e fiel com a nossa luta. Somos 660 responsáveis pela fiscalização e arrecadação do estado, e amanhã vamos parar."

SOBRE A POSIÇÃO DO PT NESTA NOVELA

" - Não recorri ao partido , isso não tem nada com o partido. Isso é com os servidores sindicalizados e o Governo, com empregados pedindo melhores condições de trabalho para o patrão."

2 comentários:

Anônimo disse...

Um dos problemas mais graves desse governo estadual é seu distanciamento das bandeiras históricas do PT. Não se trata de algumas das bandeiras fundadoras, que se tornaram defasadas pela conjuntura, mas das bandeiras que são o pilar e a razão de ser do partido, como a independência de classe - aliás, bandeira história da DS, que é uma tendência trotsquista, ou seja, comunista. Mas o fato de termos no Pará um governo sem cor em uma realidade política onde se é vermelho, amarelo ou azul, é um problema. Este governo de Ana Júlia não é vermelho, não tem identidade com o PT. É isso que leva a entrar na justiça para derrotar o movimento social, como fez FHC que quebrou o sindicato dos petroleiros com multas na justiça. Os tucanos de Ana Júlia estão repetindo aqui a dose. Charles erra ao criticar o governo de maneira séria mas ao mesmo tempo fazer coro com os vagabundos que dizem que o PT é anti-ético porque se recusou a entregar a presidência do senado ao PSDB - consequência natural da saída de Sarney seria a subida de um líder tucano à condição de presidente do senado. O PT seria burro se derrubasse Sarney para colocar em seu lugar um bloco de partidos que quer não apenas derrotar o PT, mas destruí-lo, vide a frase "vamos acabar com essa raça", repetida ad nausean pela laia direitista PSDB-DEM.

Anônimo disse...

O PT está provando do próprio veneno. Nos governos em que era oposição ele não deixava o governo governar, tanto era a oposição ferrenha e desleal que fazia. Agora, pimenta nos olhos dos outros é refresco, no nosso, arde.
Eu quero que o pessoal do PT se matem, para não dizer outra coisa. Vocês entendem, né.