16 de fev. de 2010

A História das Escolas de Samba

HISTÓRIA RESUMIDA DAS ESCOLAS DE SAMBA!

-Trechos da coluna de Cesar Maia, na Folha de SP,(13)-

1. As Rodas de Samba do Rio, no início dos anos 30, eram discriminadas como caso de polícia. O plano Agache (arquiteto francês que cunhou "urbanismo") para o Rio (1928-32) considerava as favelas provisórias. Pedro Ernesto (1931-36) foi o primeiro prefeito a subir uma favela. E institucionalizou as rodas de samba. A legislação não permitia subsidiá-las. Pedro Ernesto pediu que todas mudassem para um nome comum: Grêmio Recreativo Escola de Samba....

2. A adoção do termo "escola" permitiu a Pedro Ernesto subsidiá-las, e elas passaram a contar com recursos públicos para o seu desenvolvimento. O primeiro desfile oficial, com julgamento, foi em 1935. Vencido pela Portela, teve como porta-bandeira uma menina prodígio: Dodô. Dodô, com seus 90 anos, está viva, ativa e lúcida e mora no morro da Providência.

3. Os desfiles nos carnavais eram basicamente uma apresentação da classe média, com os corsos, os ranchos e as alegorias. O Carnaval incluía enorme diversidade de expressões, como o frevo, o maracatu, as pessoas fantasiadas nas ruas, os blocos de sujos, o concurso de fantasias, os bailes nos clubes e nos teatros... No início dos anos 60, com a entrada da equipe de Fernando Pamplona no Salgueiro, iniciou-se um processo de radical transformação dos desfiles.

4. O samba enredo era sincopado os passistas desfilavam soltos, sem alas agrupadas, não havia carros alegóricos, os destaques desfilavam no chão... A partir daí, as demais expressões do Carnaval começaram a ser incorporadas às escolas de samba e foram desaparecendo. Assim foi com os superblocos (Bafo da Onça, Cacique de Ramos), que rivalizavam com as "escolas". Corsos, ranchos, fantasias de luxo e alegorias passaram a integrar os grandes carros alegóricos. Os enredos históricos foram abertos.

5. As "escolas" passaram a desfilar como ópera popular (alas e seus carros como atos, coro dos que desfilam, os atos móveis, apresentados na frente da platéia num auditório latitudinal). Com a ascensão de Joãozinho Trinta (da equipe de Pamplona, depois na Beija Flor), as "escolas" ganham a característica que têm hoje. As alas desfilam agrupadas como blocos. O samba-enredo passa a ser samba-marcha. E se invertem os papéis. Antes, os corsos, onde o povo olhava a classe média desfilar. Agora desfila o povo, e a classe média assiste. A venda de ingressos, nos dois dias de desfile e das campeãs, equivale a três anos de venda de ingressos no estádio de futebol brasileiro que mais fatura.

2 comentários:

Anônimo disse...

EU ADOREI VOU ATE FAZER UMA PESQUISA SOBRE ISSO VOU IMPRIMIR E ESPERO QUE MUITAS GENTE ESCREVA ALGUM COMENTARIO

Anônimo disse...

esse e um melhor sites recomendem