13 de out. de 2010

9 mil empregos em Angra 3


Prevista para entrar em funcionamento no fim de 2015, a Usina Nuclear Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, já está modificando a paisagem da região. Não apenas pelo canteiro de obras, que pode ser visto por quem passa pela Rodovia Rio-Santos (BR-101), mas pelo movimento de milhares de trabalhadores que chegam de várias partes do estado.

Atualmente, a obra é responsável pelo emprego direto de 1,8 mil trabalhadores, concentrados na concretagem das fundações da futura usina, que será responsável por gerar 1.400 megawatt (MW) de energia. Mas dentro de dois anos, o número de postos de trabalho vai aumentar, podendo alcançar 9 mil funcionários no período de maior movimentação da obra. Quando a usina for inaugurada, sua força de trabalho vai contar com 500 pessoas, a grande maioria de servidores públicos especializados.

“Estamos no início da obra de construção civil, que chegará ao pico dentro um ano, quando chegaremos a 4,5 mil funcionários. Devemos nessa época iniciarmos o processo de montagem, chegando no quarto ano no pico geral da obra, com cerca de 8 a 9 mil pessoas trabalhando”, estimou o chefe do escritório de obras da Eletronuclear, engenheiro José Eduardo Costa Mattos.

Depois de ter participado, ainda como aprendiz, das obras de Angra 1 e posteriormente de Angra 2, Costa Mattos é responsável por um pequeno exército de trabalhadores especializados, comandando diretamente cerca de 250 técnicos e engenheiros, funcionários tanto da Eletronuclear quanto da empreiteira que está construindo a usina.

Tanta necessidade de trabalhadores se explica pela complexidade da obra, que vai consumir 210 mil metros cúbicos de concreto, o equivalente a três Maracanãs, usará 35 mil toneladas de aço, terá 3 mil quilômetros de cabos elétricos e abrangerá 17 mil toneladas de equipamentos.

Além disso, Costa Mattos ressalta que a estrutura de uma usina nuclear tem que ser 100% confiável e à prova de falhas, além de ser projetada para resistir a terremotos e até tsunamis. A espessura média de suas paredes é de 2,8 metros, chegando a 3,4 metros, a fim de reduzir ao máximo o perigo de um vazamento nuclear em caso de acidente.

“A usina terá que resistir a um terremoto superior a 8 graus na escala Richter. Se isso acontecesse, toda a área do Rio de Janeiro seria derrubada e a única coisa que ficaria em pé seria a usina. Como está na beira do mar, ela também é projetada para resistir a uma onda maior que 8 metros, que provocaria um grande desastre na região costeira, mas não afetaria o seu funcionamento”, disse

4 comentários:

Anônimo disse...

Essa usina é um desperdício de dinheiro público. O Brasil não precisa desse problema. Poderíamos gerar mais energías e empregos com outras fontes de energía, renováveis e não poluentes, como é o caso da Eólica. Guardar lixo nuclear é para países que não tem opção, que felizmente não é o caso do Brasil.

Anônimo disse...

Concordo plenamente com o comentário de cima...
Ela suporta uma onda de 8 metros, mas não suporta uma de 10 metros como foi a do Japão, não é. Suporta um terremoto de 8,mas não suporta um de 8,8 como foi o do Japão...Engraçado não é.
Egoístas,só estão pensando nos próprios bolsos...E o meio ambiente como fica? E os seres humanos, oq fazem?
DEFINITIVAMENTE......NÃO PRECISAMOS DESSA FONTE DE EMPREGO.
Uma fonte completamente errada, sem noção.ESSA USINA SÓ SERÁ UM PROBLEMA, UMA PREOCUPAÇÃO PARA HUMANIDADE.quero ver se vão aceitar o meu comentário...Obrigada

Anônimo disse...

esta usina e um dessatre o mundo vai ser acabar pelas maos do homem pemcem bem

Anônimo disse...

Realmente Angra 3 não suportaria um terremoto de 8,8 graus...Mas e as outras usinas, suportariam? Se o terremoto ocorresse onde há uma hidrelétrica, o estrago seria menor?
A energia nuclear é a mais limpa de todas, está certo que existem os rejeitos, mas os novos reatores estão sendo projetados para terem como combustíveis os rejeitos produzidos por reatores de geração inferior. A energia eólica é muito mais cara, além de não ser confiável do ponto de vista econômico, e gerar muito menos empregos, fora que o Brasil teria que importar todo o material, enquanto as peças de Angra 3 já estão aqui. Outro dado, é que as Usinas de Angra tem uma produção muito elevada e não ocupam uma àrea tão grande quanto uma hidrelétrica, e o Brasil para se desenvolver precisa de energia, e a construção
de hidrelétricas uma hora não será mais possível. Outra coisa importante é que Angra dos Reis era para ser habitada somente por trabalhadores da Usina e foi por interesse ecônomico de políticos que
a construção ocorreu, mais casas=mais iptu.Angra era para ser habitada por pessoas que saibam o que fazer em casos como o de Fukushima, tornando um possível
acidente não tão devastador como o do Japão. Obrigado.