Só sendo paraense pra entender o texto!
Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás.
Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui.
Chequei tarde só tinha peixe dispré. O mano que estava vendendo
tinha uma teba de orelha do tamanho dum bonde. O gala-seca espirrou em
cima do tamatá do moço que tinha acabado de comprar, e no meu tembéim.
Ficou tudo cheio de bustela...Axiiiiiii, égua, porcaria! Não é potoca, não.
O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo.
Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda! Égua, quase levei
o farelo depois. Me deu um piriri. Também...parece leso, comprar unha
no veropa. Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu, muito
firme, mas um pouco pitiú.
Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo
graça. Eu pensando com meus botões...ÊEEEE, ela já quer... Mas, veio
um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram...Pai d'égua-Fiquei na roça, levei o
farelo. O sacrabala veio cheio e ainda começou a cair um toró,
égua-muleke-tédoideeé, pense num bonde lotado. Eu disse: ééééééguaaaaaaaa,
vumbora logo.
No sacrabala lotado, com a jance quase sacada e os "pé de borracha" carecas,
com o vidro fechado por causa da chuva, na muvuca, começa
aquele calor muito palha. Uma velha estava quase despombalecendo. Daí
o velho que tava com ela gritava arreda aí menino pra senhora sentar
aí do teu lado. O menino falou: Hmm, tá, cheiroso..
Na vera......, só quero comer meu peixe no avuado ou moqueado, tomar meu chibé,
e depois do meu açaí de 10, minha baladeira pra ficar naquela momó,
com meu cobertor de orelha de cafuné.......!!!!
4 comentários:
Você tem toda razão ao afirmar que só nós paraenses podemos entender esse tão divertido e peculiar vocabulário, que talvez não exista em qualquer outro lugar do nosso país.Mesmo com tantos erros, sou da opinão que isso é a mais pura cultura de um povo.
Tá pai d'égua.............
só faltou o avortado ...
Égua, me espoquei de tanto rir!
Deu saudade ao ler o texto, fiquei mufina.
Moro há alguns anos no RS e aqui é outra cultura, nada que se compare ao nosso tão querido "caboquês", coisa de paraense.
Vc poderia divulgar o autor.
Tem algumas girias q ñ folam colocadas em um bom contextos e tem outras q ñ são paraense...
Coloque o autor!
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