A Defensoria Pública do Estado do Pará recebeu no auditório do prédio sede os moradores das residências e edifícios próximos ao canteiro de obras do edifício Real Class, que desabou no dia 29 de janeiro. As 60 pessoas que estiveram presentes na reunião preencheram um relatório explicando a real condição em que se encontra cada família. Desta forma, a Defensoria irá acompanhar, separadamente, cada situação, elaborando as medidas judiciais cabíveis, de acordo com as informações preenchidas no material.
De acordo com a Coordenadora de Políticas Cíveis da Defensoria Pública, Rossana Parante, "a Defensoria Pública está se colocando à disposição de todas as pessoas que não têm condições de pagar um advogado particular, defendendo-as, judicialmente e extrajudicialmente, além de resguardar os direitos que estão sendo violados". E alertou: "A situação é grave e precisamos agir de forma rápida, porém com muita paciência e persistência".
O Defensor Público Rodrigo Cerqueira explicou que a Defensoria Pública irá tomar as medidas emergenciais, como garantir que as vítimas do desabamento permaneçam nos hotéis. "Isto é importante por que a Defesa Civil ainda não fez a liberação, formalmente, das residências e prédios interditados", destacou.
3 comentários:
Não é uma questão de generalizar um incidante isolado que não pode ser associado ao grande desenvolvimento do mercado imobiliário da construção vertical em Belém.
O que está acontecendo é outra coisa muito diferente. São seres humanos morrendo pela ganância de poucos.
Se o PSTU, por exemplo, deixasse de fazer proselitismo político e de fato assumisse as rédeas do sindicato dos trabalhadores da construção civil teríamos de fato a real estatística das mortes ( e que não são poucas) nas obras de Belém.
Até porque, de outro lado, as empresas de construção civil estão muito bem organizadas e representadas nas principais esferas do poder.
Seja no CREA, porque nada contribui para a melhorar este quadro e ainda diz que sua tarefa é controlar somente os profissionais.
Seja na Câmara Municipal, onde o Vereador gervásio Morgado não faz questão de esconder seu lado na ampliar o gabarito de construção de todas as áreas de nossa cidade.
Seja no Poder Público Municipal que aprova tudo que vem com o aval das empreas e que não oxigena a SEURB para melhorar a qualidade da fiscalização preventiva e de acompanhamento.
Tenho certeza que a sociedade não é contra que se construam novos prédios em nossa cidade.
Mas gostaria que este crescimento fosse sustentado e que se respeitasse as questões climáticas, em especial as casos dos espigões na Pedro Álvares Cabral de frente para a orla formando uma barreira a entrada da ventilação na cidade.
E que a Promotoria de meio Ambiente fizesse um Termo de Ajuste de Conduta entre empresas, sindicato e poder público a fim de tirar soluções a curto, médio e longo prazo, evitando que novas vidas se vão.
Defensoria Pública para quem comprou um apartamento de R$ 500 mil reais? Ora, ora, a Defensoria que respeite a legislação e defenda os necessitados. Quem paga esse valor num apartamento tem todas as condições de contratar um advogado.
Anônimo das 8:38h
O CREA tem suas funções determinadas por lei desde que foram construídas as pirâmedes, não sabias?
Parece que entendes mesmo de política. Então, não fica dizendo besteiras, acusando coisas e pessoas se não entendes nada disso.
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