14 de dez. de 2008

Duro


Na confraternização de fim de ano da Unimed neste sábado, o presidente e médico César Neves fez, talvez, o mais duro discurso ao Governo Federal e Estadual por estas bandas.
Disse que não pode entender como Lula diz que estamos bem, crescendo, se mata-se gente a todo tempo no país.
Falando de nosso quintal, disse que o Pará é sim uma terra de direitos; temos o direito de ficar em casa escondidos dos bandidos, temos o direito de estar cercados de grades, cadeados, sistemas de vigilância, seguranças, carros blindados.
Disse que passou da hora do discurso, que nos últimos anos 3 médicos foram assassinados. Lembrou que a evangelização, seja por qual religião, é sim uma alternativa.
César foi duro, emocionado que estava com a perda de um amigo e um dos mais respeitados médicos da cidade, lembrou que podemos ser a próxima vítima de um assassinato, nós, pagadores de impostos, humanos responsáveis. Lembrou que a medicina, o médico é um salvador de vidas.
E perguntou em alto e bom som; que terra de direitos é essa?
Foi aplaudido de pé.

2 comentários:

Unknown disse...

Marcelo, concordo com o médico, mas aproveito o post do blog da Franssinete, por mim subscrito, e ao final pergunto...

Direito ao sossego

Hoje, às 05:40 da madrugada, os moradores do entorno da Praça da República foram acordados com os altos decibéis do som e o locutor contratados pela Academia Equilíbrium. Em frente ao Teatro da Paz, eles convocavam para as inscrições à Caminhada e Corrida da Saúde, patrocinada pela Unimed e com o apoio da Federação de Atletismo. Saúde para eles, porque para quem foi sobressaltado na cama, foi um despertar, em pleno domingo, com dor de cabeça, mau-humor, crianças chorando assustadas, um inferno. Como o Poder Público não protege o cidadão desses abusos, falta de respeito e de civilidade, vai chover ação na Justiça pedindo indenização. Pode ser que, assim, o TJE garanta o Estado de Direito e, atingindo o bolso dessa gente (?), as famílias tenham direito a um pouco de sossego pelo menos no domingo de madrugada.

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Pergunto ao Cesar: e isto, é direito?

Abs, Marcelo.

Anônimo disse...

Acho que o CRM, Sociedade Médico Cirurgico do Pará, Sindicato dos médicos, e sociredades afins deveríamos realizar uma paralização nos serviços publicos até que o Governo nos dê uma resposta concreta para segurança pois chega de dar bolsa familia, gás e dizer que isso resolve e a marginalidade só aumenta, na nossa cara, acabando com vida de pessoas inocentes e alguns espertalhões lucrando nas eleições. Cadê a anistia Internacional, a OAB, os Direitos Humanos, ja fizeram algum pronunciamento sobre a morte de algum colega? mas se fosse um marginal, ja teria um monte. Colegas vamos para rua cobrar nossos direitos de cidadão que paga imposto, vamos protestar porque nós seremos a proxima vitima. Cesar tenha meu apoio para ir para rua contra esse descalabro que é morar neste "País" chamado Pará e nesse "Continente" chamado Brasil. Dr. Ney Figueira