Dando continuidade a série de entrevistas com os candidatos a prefeito de
Belém, essa semana o blog conversa com Priante que tem 25 anos de vida pública.
O candidato já foi vereador, deputado estadual e está no quarto mandato de
deputado federal. Priante concorreu à Prefeitura de Belém em 2008, chegou ao segundo turno
com mais de 40% dos votos, e afirma que está preparado para ser prefeito da capital paraense.
Na sua opinião, dos candidatos que estão na disputa
à vaga de prefeito, qual é o melhor?
Qualquer pessoa pode ser um bom candidato, difícil é ser um bom prefeito.
Eu me preparei para ser mais do que um bom candidato. Estou preparado para ser um
bom prefeito. Quero ser o prefeito que vai fazer a prefeitura funcionar,
enfrentar os problemas e preparar a cidade para os desafios que virão. Quero ser
o prefeito o prefeito dos 400 anos de Belém para escrever a nova história da
nossa cidade junto com as pessoas que aqui vivem. Por isso, peço o voto de cada
eleitora, de cada eleitor desta cidade. Peço que me deem a oportunidade e a
responsabilidade de ser o prefeito que vai fazer o melhor para Belém.
Quais as suas diferenças perante os outros
candidatos?
É preciso entender que o maior desafio é conseguir recursos, já que o
orçamento da prefeitura não dá para atender tanta demanda. O orçamento anual é
de R$ 1 bilhão e 800 milhões, dos quais sobram apenas R$ 200 milhões para
investimentos. Só a obra do BTR custa mais de R$ 600 milhões. Portanto, é
preciso trazer recursos. O atual cenário político me coloca numa posição
diferenciada em relação aos demais candidatos. Sou o único candidato que tem
abertas as portas tanto do Governo Federal quanto do Governo Estadual. Sou o
único que, ao mesmo tempo, é aliado da presidenta Dilma e parceiro do
governador Jatene. E mais: sou amigo do vice-presidente do Brasil, Michel
Temer. Vários companheiros do PMDB são ministros da Dilma. E conto com a força
do PMDB no Congresso Nacional. São essas forças que vão me ajudar a abrir
portas para trazer os recursos. E os outros candidatos? Uns são adversários da
Dilma, outros são contra o Jatene. E tem candidato que é contra tudo e contra
todos. Aí, não dá. Belém não merece.. Não quero parecer melhor que ninguém, mas
a real condição que tenho para somar forças é o que me diferencia e é o que vai
fazer a diferença na luta por recursos para Belém.
Quais os seus projetos para o trânsito da
capital?
Eu vou por ordem no trânsito de Belém. Vou reordenar, ampliar e modernizar
o transporte público e o sistema viário. Vou regulamentar o transporte
alternativo, disciplinando os serviços das vans, kombis e mototaxistas. Concluirei
as obras do BRT, construindo os troncais, além de integrar diversos pontos da
cidade ao BRT. Farei parceria com os prefeitos da Região Metropolitana para que,
juntos e sob a liderança de Belém, possamos encaminhar projetos para enfrentar problemas
comuns ao trânsito da região. Aliás, já venho fazendo isso. Em 1999 fui relator
do Orçamento da União e coloquei recursos para duas importantes obras: a
duplicação da BR-316 (trecho Belém-Castanhal) e a construção do complexo viário
do Entroncamento, que o prefeito da época transformou nesse monstrengo que o
povo chama de “Buraco do Entroncamento”. Novamente relator em 2011, coloquei no
Orçamento mais de R$ 67 milhões para a construção da Rodovia Independência. Com
essa rodovia, o motorista vai entrar ou sair de Belém sem passar pelo
Entroncamento, desafogando a Almirante Barroso e na BR-316, beneficiando,
assim, toda a Região Metropolitana.
E os projetos para a saúde?
Belém tem um dos piores serviços de saúde pública do
Brasil. Palavra do Ministério da Saúde. A rede de saúde da prefeitura é pequena,
falta tudo e atende mal. São 16 anos de descaso com a saúde e com a vida de quem
mais precisam da rede pública. De imediato, vou botar pra funcionar o que não
funciona. Vou pra dentro dos prontos-socorros e dos postos de saúde. Eu lá
dentro, quero ver se não funciona. Vai funcionar! Também vou ampliar o Programa
Saúde da Família, que há muito tempo só cobre 16% da população. Nossa meta é ampliar
a cobertura gradativamente até chegar a 100% da população. Vou construir cinco
UPAs 24 Horas, que são a versão moderna dos prontos-socorros. Pra este ano, já
coloquei recursos para construir duas UPAs, uma em Icoaraci e outra em
Mosqueiro. Vou também estimular a criação de novos leitos para suprir a falta de
leitos tanto na rede pública quanto nos hospitais privados. Com essas e outras
ações enfrentaremos os problemas mais urgentes da saúde pública de Belém.
Quais seus os projetos para a
educação?
O melhor prêmio que um prefeito pode receber é ver pais e filhos felizes
com o ensino oferecido nas escolas da prefeitura. Para isso, eu vou cuidar
dos alunos e das escolas. Vou investir e resgatar a qualidade da escola pública.
Vou prestigiar, valorizar e pagar salários dignos aos professores e servidores.
Vou implantar creches em todos os bairros, aproveitando os espaços já que
existem nas instituições religiosas e comunitárias. As mães vão poder trabalhar
tranquilas, sabendo que suas crianças estão bem cuidadas e em lugar seguro.
Construirei também escola de nível médio com cursos profissionalizantes que
preparem nossos jovens para o mercado de trabalho. E implantarei escolas de
tempo integral para que crianças e adolescentes fiquem mais tempo aprendendo na
escola e longe das ruas. Creio que assim estarei ajudando a construir a
felicidade dos filhos e dos pais. E esse é o prêmio que quero conquistar.
Candidato, você não sente vergonha de morar em uma
cidade suja?
Eu amo Belém, eu amo a minha cidade. Mesmo que esteja suja, descuidada,
abandonada, não aceito que falem mal de Belém. Não me envergonho de Belém. O
que nos envergonha é a forma com que Belém foi governada pelos dois últimos
prefeitos. Isso é o que envergonha qualquer cidadão que acreditou nesses
projetos, os quais resultaram numa administração vergonhosa: ruas sujas,
criança sem escolas, postos de saúde que não funcionam, trânsito caótico, obras
inacabadas... É hora de virar essa página. É hora de mudar para que a gente não
tenha motivos para ter vergonha nem do prefeito e muito menos da cidade em que
a gente vive.
Deputado, caso ocupe a vaga de prefeito, o que fará
para que Belém volte a ser uma das cidades mais importantes do país?
Trabalhar, suar a
camisa. Planejar e executar. Governar com os pés no presente, mas com os olhos
no futuro. Vou arrumar a casa: levar asfalto, limpar as ruas, reforçar a
segurança, terminar obras inacabadas, botar pra funcionar o que não funciona. Vou
estar presente nos bairros, nas feiras, nos postos de saúde, nas escolas. Mas
também vou fazer novas obras. Belém pode esperar uma administração moderna,
dinâmica, eficiente, democrática, inclusiva, participativa. Poder ter certeza
que Belém vai reencontrar o caminho do desenvolvimento urbano, social e
econômico. É nisso que eu acredito e é isso que vamos conquistar. Estou
preparado para essa missão.
O que o senhor tem a dizer
sobre a gestão Duciomar Costa? O que achou?
O prefeito tem um
projeto, eu tenho outro bastante diferente. Ele venceu as duas últimas
eleições, mas não conseguiu vencer os problemas. Tanto que hoje os problemas de
Belém são os mesmos de 16 anos atrás. Os problemas apenas aumentaram. Por isso,
continuo a defender propostas que fiz, como o programa Rondas nos Bairros, a
ampliação da oferta de creches, novos prontos-socorros... O prefeito pecou no
planejamento, no foco. Deixa como principal marca inúmeras obras inacabadas,
que eu vou concluir. Mas Belém tem agora nova oportunidade de mudar sua
história. Eu, pela experiência e maturidade política consolidada em 25 anos de
vida pública, quero construir essa mudança, somando forças com todos os
segmentos: moradores, lideranças comunitárias, vereadores, universidades,
empreendedores, com a Dilma, com o Jatene.
E sobre a gestão Simão Jatene?
O governador tem
experiência política e administrativa para fazer um bom governo. Eu o ajudei a
ser eleito governador e tenho sido um importante colaborador do seu governo. Um
colaborador que dá resultados. Só este ano, na condição de relator do Orçamento
da União, coloquei no Orçamento mais de R$ 245 milhões, recursos do Governo
Federal para financiar obras em Belém e no Pará. Na prefeitura, manterei essa
parceria e certamente ele vai me ajudar a melhorar a capital do Estado que ele
governa.
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