Se ele tivesse os meus 37 anos meu queixo já cairia. Com 67 anos então, não consigo classificar Ney Matogrosso.
Inclassificável é o nome de seu show, e uma forma de tentar explicá-lo também. No Canecão Ney aparece vestido com um colan dourado, com plumas, colares e saia sentado em um sofá, cheio de músicos talentosos ao lado.
Secos e Molhados, Cazuza e outros músicos mais novos fazem parte do repertório do performático artista. Sim, Ney não é um cantor, é um artista, dança, rebola, tira as roupas em forma de strip-tease, cuida da luz vibrante do show, dá pitecos na direção, na harmonia e melodia, no cenário com toques indianos.
Esbanja vitalidade, desce para a platéia, é fotografado, abraçado, acariciado, elogiado.
É Ney em forma pura, total senhor de seu espaço, total mestre de seu trabalho.
Quando as cortinas abrem, Cazuza. Quando as cortinas fecham, Cazuza.
Ney brinca com a platéia com suas insinuações sensuais. Abusa da voz com canto forte e transforma-se em intérprete refinado com um canto suave.
É impressionante. Ou melhor, inclassificável.
Como só os artistas podem fazer. Não apenas os grandes cantores.
2 comentários:
Bom, eu tiver o prazerzaço de ver esse show aqui em SP.. Escuto Ney desde que estava na barriga da minha mãe e já fui à mtos shows dele... O cara arrebenta mesmo, cada show é melhor que o outro..
Quem puder ver, não perca..
É um prazer sem igual.
Ney é mesmo maravilhoso. Já tive oportunidade de entrevistá-lo, é tímido fora do palco, o contrário quando se apresenta.
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