Atos simples, mas de grande valia.

Na Europa, em qualquer bairro de qualquer cidade existem praças e pequenos complexos de esporte. As vezes os tais "complexos" não passam de uma quadra de esporte, uma pisca de skate, uma quadra de areia, uma pista de corrida com brinquedos no meio.
Coisa muito simples. Mas suficiente para dar a boa parte dos jovens que ali residem um espaço de laser, esporte e convívio social.
Em Belém nada disso temos e hoje passando de carro por vários bairros percebi que os bares acabam tomando o lugar destes pequenos complexos, destas pequenas praças. E bar, como sempre me disse meu avô, não é lugar para se formar caráter nenhum, muito menos de adolescentes e jovens.
Lá estes locais acabam servindo para apresentações musicais, aulas de dança, música, artesanato e outras tantas atividades, algumas patrocinadas pelo Estado, outras pela própria comunidade.
Enquanto estão ali não estão sem ocupação, espaço para o pensamento errado, que acaba desaguando em bandidagem muitas vezes.
É aquela velha história de que em mente ocupada o diabo não entra.
Seria tão bom que nossos governantes pudessem pensar nisso, olhar para algo tão simples, e me parece tão barato.
Se você for falar com qualquer policial ele vai dizer que atualmente são os jovens que mais roubam e matam, e quanto mais jovens mais matam sem o menor constrangimento.
As escolas são fundamentais, mas um jovem não fica alí o tempo todo, e o perigo está mesmo nas ruas, é ali que estes jovens são aliciados para o crime. E são chamados porque muitas vezes nada tem a fazer, estão cheios de energia e sem atividade e orientação para gastar esta energia.
Não sou um especialista, longe disso, só acho que certos modelos devem ser observados e seguidos se apresentam resultado.
Temos que nos antecipar ao criminoso, dar escola e laser a estes jovens, antes que estes jovens se percam, como vem acontecendo sistematicamente por aqui.
E tirem vidas, e acabem com suas próprias vidas.