O jogo de Almir

Almir se move no tabuleiro nacional com o propósito único de manter o PSDB desunido.
E ele faz isso com um objetivo, ser o salvador da pátria, aquele que seria escolhido pelo seu passado dentro do PSDB para ter a "dura missão" de concorrer ao Governo do Estado em 2010, já que "infelizmente" Simão Jatene e Mário Couto não se entendem.
É a maneira dele voltar ao jogo, já que parte do partido local está com Simão e outra com Mário.
Pra isso atiça faz um tempo a candidatura de Mário e mais recentemente a mágoa de Flexa Ribeiro fruto da iniciativa do grupo de Simão Jatene em tirar-lhe a presidência do partido e passar para Zenaldo Coutinho.
Diz que seu candidato é Mário Couto, o que não deixa de ser verdade. Mas uma meia verdade.
No fundo, segundo dois senadores tucanos ouvidos hoje pelo blog - e não são senadores paraenses - Gabriel percebeu que tanto Mário como Simão não vão abrir mão de suas candidaturas. E foi neste momento que ele viu um espaço, uma brecha para retomar o seu antigo sonho de governar o Pará por 3 vezes.
Acha que tem todas as chances de voltar ao governo, já que a seu ver, a mudança proposta por Ana Júlia que lhe tirou a vitória nas últimas eleições, não resultou em sucesso.
Seria a campanha do;" - Estão vendo, vocês fizeram uma opção, mudaram e deu no que deu." Claro, essa é a visão dele, mas nela ele se agarra com unhas e dentes.
Gabriel trabalha com a hipótese de que Mário pode deixar de ser candidato, mas jamais para dar o lugar a Simão. Agora abrir mão para ele Almir, certamente é uma hipótese da qual Couto no mínimo pensaria, até pelas manifestações que o ex governador vem fazendo pela candidatura do senador.
No evento de hoje da bancada de senadores mostrou que está vivo, que tem trânsito, tem respeito e em conversas privadas, lembrou que Simão Jatene jamais havia disputado uma eleição, dando a entender que o mandato conquistado pelo seu substituto foi fruto de sua popularidade de então. Outra meia verdade.
Fora isso trabalha com a pesquisa que mostra estar bem posicionado, dizem melhor que Couto e Simão.
Como se não bastasse tudo isso, Almir Gabriel percebeu que o PSDB se desuniu, desarticulou-se, que a União Pelo Pará não foi mantida. Ou seja, faltou um pulso firme. E este pulso Gabriel acha que ainda tem, que pode reconstruir a União Pelo Pará em torno de seu nome, que pode aglutinar os desaglutinados tucanos.
Agora o trabalho é pela desunião local o que levaria a uma intervenção da executiva nacional. E claro, esta intervenção tem como foco o seu nome para apaziguar o PSDB, uma terceira via, com um passado de história pelo partido e cargos conquistados.
São essas as peças do tabuleiro de Almir Gabriel. E ele está sabendo jogar muitíssimo bem.
Ou seja, não se surpreendam se Almir Gabriel for o candidato do PSDB ao Governo do Pará em 2010.