27 de jul. de 2011
SEGUNDO O BLOG DO BARATA; OAB – Jarbas, uma presença que macula a Ordem
“Um lupanar sem madame.” O chiste cunhado por um anônimo, para definir a situação em que se encontra a OAB no Pará, além de causticamente hilário, não poderia ser mais fiel para descrever a solidão na qual se encontra, hoje, Jarbas Vasconcelos do Carmo, o Do Carmo (foto, com Cynthia Portilho, que assumiu a falsificação da assinatura do vice-presidente da OAB, Everaldo Silva), atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Secção Pará. O imbróglio da transação do terreno de Altamira, agravado com a denúncia de falsificação da assinatura do vice-presidente, Evaldo Pinto, por este próprio denunciada, transformou Do Carmo, no plano político, em um cadáver ambulante, ainda que ele insista em permanecer no cargo e consiga cumprir integralmente seu mandato.
O lamentável é que, com seu mesquinho apego ao cargo, ele arrasta consigo, para o charco do descrédito, no qual viceja com seus apaniguados, a própria OAB, como uma nódoa indelével em uma história que incluiu personagens da envergadura dos mestres Aldebaro Klautau, Daniel Coelho de Souza e Egydio Salles, dentre outros. Todos três profissionais de competência e probidade inquestionáveis, cujo notório saber e honra pessoal conferiam credibilidade à Ordem dos Advogados do Brasil no Pará. Sem essa credibilidade, que falece em Do Carmo, fica irremediavelmente tisnado o prestígio da OAB no Pará, sujeitando-a a humilhação do chiste esgrimido diante da patética postura assumida pelo seu atual presidente, que se move pateticamente, como um palhaço no picadeiro de circo mambembe, à espera de algum solitário e misericordioso aplauso, diante da ausência de platéia.
Em verdade, o que soa mais assustador, além do seu inocultável desapreço pela instituição que formalmente representa, embora hoje falte-lhe autoridade moral para assim fazê-lo, é a indiferença de Do Carmo para consigo mesmo e para com os seus. Como não se sente a família de Do Carmo, diante do opróbrio que ele próprio se impôs? Como ele consegue olhar nos olhos seus familiares mais íntimos, face os fortes indícios de falcatrua embutidos na negociata abortada? Conseguirá ele encarar aqueles que, no ardor da refrega eleitoral, deram-lhe um crédito de confiança e confiaram-lhe a condução da OAB no Pará, a despeito das reservas inspiradas pelo passado?
Se nada se sobrepõe ao seu apego às pompas e circunstâncias do poder, nada se tem a fazer por Do Carmo. A não ser ver a OAB do Pará reduzida à imagem cunhada pelo chiste cruel, é verdade, mas que traduz, ainda que acidamente, a presente situação. Além, é claro, de desejar a Do Carmo, felizmente apenas e tão-somente no plano político, que a terra lhe seja leve.
No mais, é lamentar pela OAB. Pobre OAB!!!
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