Do Blog Espaço Aberto
O vice-presidente Evaldo Pinto estava praticamente incomunicável, no início da noite de ontem, logo depois de divulgada a nota da OAB do Pará, informando - inacreditável e surpreendentemente - o nome da autora da falsificação da assinatura do próprio vice numa procuração: a chefe do Jurídico da entidade, Cynthia de Nazaré Portilho Rocha.
O Espaço Aberto tentou várias vezes falar com Evaldo, que se encontra no Estado do Paraná.
O telefone chamava e ninguém atendia.
Depois, passou a transmitir aquela mensagem de fora da área.
Mas todos estamos na área.
Todos queremos saber várias coisas.
A advogada Cynthia Rocha diz que falsificou a assinatura, porque o próprio dono da assinatura a autorizou a fazer isso. E mais: não teria sido a primeira vez que outra pessoa assinou pelo vice.
O vice autorizou mesmo que a doutora Cynthia assinasse por ele?
A doutora Cynthia falou a alguém que foi autorizada a falsificar a assinatura?
Se falou, esse alguém - ou esses alguéns - para quem ela falou tomou que atitude? Rechaçou a conduta em tese criminosa ou referendou-a?
Alguém, na diretoria ou mesmo no Conselho Estadual da OAB, teve ou tinha conhecimento de que o advogado Evaldo Pinto, recorrentemente, autorizava que sua assinatura fosse imitada - portanto, falsificada -e aposta em documentos oficiais da Ordem?
O poster ouviu, ontem, várias versões sobre tudo isso.
Uma delas indica que Evaldo teria mesmo autorizado a chefe do Jurídico a assinar a tal procuração como se fosse ele. Mas logo depois teria dado uma contraordem, mandando "suspender tudo".
Aqui, bem aqui neste ponto, é que temos várias e conflitantes versões.
Evaldo Pinto, conforme tem relatado a colegas advogados, algumas vezes por escrito, sustenta que ao perceber o rolo que seria a venda do imóvel, pediu à dra. Cynthia que "suspendesse o andamento do processo e não entregasse a procuração" à advogada que cuidaria da venda em Altamira.
Mas Cynthia, ainda na versão de Evaldo transmitida ao blog por fonte próxima a ele, teria desobedecido à ordem de suspender toda a parada. E foi orientada nesse sentido pelo presidente em exercício da entidade, Alberto Campos, também ele um dos signatários da procuração.
O blog tentou falar com Alberto Campos e não conseguiu.
Mas obteve de alguns advogados a informação - que eles ouviram do próprio Alberto - de que o presidente em exercício não poderia mais sustar a procuração, porque o documento, àquela altura, já fora lavrado em cartório e se tornara, assim, um instrumento público, não pertencendo a ninguém.
Alberto Campos, ao contrário do que imagina Evaldo, confirma que a funcionária da Ordem não desobedeceu ao vice Evaldo Pinto. Ao contrário, ela teria ligado para o cartório, pedindo a sustação dos efeitos do documento.
A mesmo fonte contou ao blog que Alberto Campos, diante da impossibilidade de sustar os efeitos de um instrumento público que fora lavrado, determinou, na condição de presidente em exercício, a continuidade dos procedimentos iniciados.
Há versões e versões, vocês sabem.
As sindicâncias, tanto a local como a que já foi instaurada pelo Conselho Federal, é que dirão, espera-se, qual a verdade
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