16 de abr. de 2011

TV Tapajós e Barbalho

O blog do Parsifal põe luz sobre o caso dos 50% da TV Tapajós que Jader Barbalho detém. Explica que quando Jader comprou a RBA já existia um contrato de 50% do antigo dono com a família Pereira de Santarém, e que por conta disso a Tapajós veio dentro do negócio.
Leia;


A origem.

Com o falecimento de Jair Bernardino, quando o seu jato, já em procedimento de pouso, se espatifou contra uma ilha em frente de Belém, a família do empresário decidiu se desfazer da maioria da suas empresas visando manter a joia da coroa: a Belauto.

O patriarca da família, Jael, antes de entabular negociações com outro interessado, procurou Jader Barbalho: o pai de Jair era testemunha da amizade que o falecido filho tinha com Jader, que, inclusive, o ajudara a obter a concessão da RBA.

Dias depois de Jael ter com Jader Barbalho, a sede da Belauto foi palco da reunião que selaria a transferência de propriedade da RBA. Ao contrário do que imaginações férteis alardeiam, a quantia paga pela empresa foi muito aquém do seu valor de face.

Na verdade, Jader Barbalho assumiu dívidas da quase totalidade da construção do prédio da Avenida Almirante Barroso, e praticamente de todo o equipamento da televisão, comprado financiado, à Harris, nos EUA, além de dívidas previdenciárias.

O império de mais de 30 empresas que Bernardino construíra era sustentado em uma ciranda derivativa: um hábil financista, com experiência adquirida na sua época de bancário em Brasília, Jair sustentava a fortuna emitindo, liquidando e reemitindo papéis contra e a favor de suas empresas, o que lhe dava circunstancial liquidez para capitalizar o lastro do quartel general, a Belauto, que, por sua vez, realimentava o sistema.

Com a morte de Jair, a engrenagem, sem a força motriz que lhe potencializava, desacelerou até parar: assim finou-se, talvez, o maior grupo empresarial que o Pará já viu. Mas, isto é outra história que eu conto um dia.

A TV Tapajós

Quando Jader se retirava da sede da Belauto, acompanhava-o o advogado de Jair Bernardino, que na ocasião assistia juridicamente à família, Eduardo Grandhi, que lhe relatava a situação da RBA.

No meio da conversa, declarou-lhe, em tom de consolo pelo rosário de dívidas que rezava, que a RBA era proprietária de 50% das ações da TV Tapajós: Jair Bernardino comprara as cotas do santareno Paulo Corrêa, que vem a ser irmão do falecido ex-deputado federal Ubaldo Correa. A outra metade pertencia ao empresário Joaquim Pereira.

Jader Barbalho participou a Joaquim Pereira a transação, declarando-lhe que não pretendia se investir nas cotas alcançadas, preferindo permanecer com o contrato de participação, sem exercer os direitos dele advindos.

Desde então, Jader Barbalho jamais interviu na empresa e nunca recebeu quaisquer dividendos dela advindos, “nem brindes”, dizia ele, nas ocasiões em que se falava sobre o assunto.

Movia-lhe, além da amizade com Joaquim Pereira, a prevenção de resguardar à TV Tapajós a concessão da Rede Globo, que não aceita que um concessionário seu tenha concessão de rede concorrente.

Jader Barbalho, portanto, não comprou 50% da TV Tapajós de Paulo Correa e nem de Joaquim Pereira. Nenhum dos dois jamais recebeu valor algum dele pelas cotas: elas foram compradas por Jair Bernardino e pertenciam à RBA desde que Jader a houve do espólio.

O contrato com Joaquim Pereira

Praticamente 10 anos após a participação a Joaquim Pereira da ocorrência informal que dava a RBA o direito de 50% da TV Tapajós, o empresário santareno procurou Jader.

Era 2001. Pereira ponderou que desejava formalizar o negócio, considerando que o seu estado de saúde, e o da sua esposa, “aconselhava” o procedimento.

No mesmo ano, 2001, o próprio Joaquim Pereira assinou, juntamente com a sua esposa, Vera Pereira, a transferência das cotas para Jader Barbalho. Testemunharam o ato, que está devidamente arquivado na Junta Comercial do Pará, Vânia Pereira, filha de Joaquim, e Marcia Centeno, então esposa de Jader Barbalho.

Não houve pagamento algum pela formalização da transferência, pois, de fato, Jader Barbalho já se tornara, desde 1989, proprietário das cotas.

O inventário de Joaquim Pereira

Em março deste ano, Jader Barbalho tomou conhecimento de que o inventário de Joaquim Pereira transcorria no fórum de Santarém e que a TV Tapajós era pleiteada, em 100% das suas cotas, pelos herdeiros: para não ver, no processo de inventário, o seu direito fenecer por falta de interesse de agir, Jader resolveu exerce-lo.

Para se habilitar em juízo, pedindo a retirada da partilha entre dos herdeiros, as cotas que lhe pertencem, Jader tomou as providências legais devidas: reconheceu as assinaturas no documento que lhe transferiu a participação, registrou-o nos órgãos devidos, retificou as entradas do mesmo na Receita Federal e ingressou judicialmente no processo de inventário.

O direito

Toda a transação acima narrada é procedimento comercial que não investe contra nenhum dispositivo legal.

Por Jader Barbalho ser uma figura pública de relevância, a versão colocada pela imprensa se faz com obliquidades, inclusive com a sugestão de que o fato de o bem não ter sido declarado à Justiça Eleitoral, pode leva-lo a perder o mandato de senador que brevemente assumirá com a recente decisão do STF: isto não tem fundamento jurídico e, inclusive, a tese foi refutada, em casos semelhantes, pelo Tribunal Superior Eleitoral.

A única repercussão do fato seria na seara fiscal, caso Jader tivesse auferido renda das cotas e não a tivesse declarado ao fisco, o que não ocorreu. Qualquer outra tentativa de construir injuridicidades com o fato, não passa de exercício político sem fundamentação legal.

O negócio em si, desde o início, tem natureza jurídica estabelecida e estribada, na origem, no Código Comercial Brasileiro, quando este previa a “Sociedade em Conta de Participação”, onde não era necessária a formalização.

Arquivando-se o Código Comercial, a dita sociedade não feneceu, ao contrário, foi recepcionada pelo novo Código Civil, que a ela reservou um capítulo especial.

A definição se lavra no Art. 992 do dito diploma legal ao ensinar que “a constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.”.

A Rede Brasil Amazônia, portanto, na pessoa de Jader Barbalho, resolveu exercer o seu direito de participação na TV Tapajós, adquirido há 22 anos, em 1989, do espólio do empresário Jair Bernardino, de forma legal e legítima.

14 comentários:

Anônimo disse...

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.Somos todos idiotas, bacana.

Anônimo disse...

engraçado....quando há interesse a comentário mas parece uma nota explicativa.
parabens!
afinal,patrão é patrão.

Anônimo disse...

Vamos puxar o saco, mas assim já é demais!

Anônimo disse...

eita! essa eu nao sabia: que o jader é também "dono" da tv tapajos. eu axo o seguinte, se o jader tem por direito parte na emissora nada mais justo que ele recorra a justiça.

Anônimo disse...

Me engana que eu gosto, bacana.

Anônimo disse...

Isso é coisa da senadora que quer continuar no poder sem ter sido eleita. Que ainda conta com o poder do jornal dos Maiotralhas. Eu gostaria muito que a inveja fosse uma doença mortal...

Anônimo disse...

Oh, que defesa amorosa Parsífal. Pensas então que o povo acredita em Papai Noel, em Saci Pererê?

Anônimo disse...

Resumindo: MUITOS LARANJAS NESSA HISTÓRIA MUITO MAL CONTADA.

Mais: já que perguntar não ofende: ONDE O SENHOR JADER BARBALHO CONSEGUIU TANTO DINHEIRO PARA COMPRAR A RBA E ASSUMIR DÍVIDAS?

Anônimo disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK... No Pará tem cada "istória"...

O Santo disse...

Ahan, Jader é o santinho mesmo! Ahan!

Anônimo disse...

Mais uma maracutaia barbálhica.

PS disse...

Só por curiosidade !!! O Jáder tem 50% do RANÁRIO também ??? Qual o percentual mensal que ele recebe de cada Prefeito eleito pelo PMDB ??? E os quase 4.000.000,00 que ele recebe de fundo partidário ??? vai para onde ???

Anônimo disse...

Bacana, o Parsifal não explicou e jamais explicará o que nos interessa saber: a origem do dinheiro que Jader utilzou pra comprar tantas televisões, tantas rádios, tantas fazendas. De onde brotou essa grana toda, Bacana?

Anônimo disse...

Porra Bacana!!! Tua cara não treme de vergonha? Tu não podes te jactar de teres 1.000.000 de visitantes. Os visitantes só querem saber até onde vai a tua desfaçatez.