12 de jan. de 2011
395 anos!!!
"(...)O que é que tens feito
Que estás tão faceira
Mais jovem que os jovens irmãos que deixei
Mais sábia que toda a ciência da terra
Mais terra, mais dona do amor que te dei
Onde anda meu povo, meu rio, meu peixe
Meu sol, minha rêde, meu tamba-tajá
A sesta o sossego da tarde descalça
O sono suado do amor que se dá
E o orvalho invisível na flôr se embrulhando
Com medo das asas do galo cantando
Um novo dia vai anunciando
Cantando e varando silêncios de lar
(...)
Belém minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar
Sem círio da virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a "chuva das duas " que não pode faltar
Cochilo saudades na noite abanando
Teu leque de estrelas, Belém do Pará!"
Lucinha Bastos
Composição: Edyr Proença/Adalcinda Camarão
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5 comentários:
Amei as fotos, falam por si só sobre essa cidade linda e acolhedora, apesar de tão maltratada.
Taí a explicação, nesse excelente poesia, de nossos artistas preferirem ficar na terra a fazerem sucesso em outras plagas.
A Lucinha Bastos, essa joia da cultura paraense, poderia muito bem mudar-se para o sul maravilha mas não resistiria a saudade da Terra.
Que lindo, as fotos e o poema, Belém merece
Belém, minha Belém, a natureza te fez tão linda, mas tão linda, que embora não te cuidemos com tão zelo, estás sempre linda, e o que é melhor,mesmo tão maltratada, és admirada por todos aqueles que batem a tua porta vindo dos mais longínquos recantos, deste mundo de meu DEUS, e tu os acolhe, como se fossem teus filhos, dás teus frutos, para saciar-lhes a fome, a água para matar-lhes a sede e o acalanto para o sono, até o despertar do viajante. Parabéns pelos teus jovens 395 anos, eu que te amo há exatos 61 anos, te amarei sempre, me perdoa por não cuidar te melhor.
As sequencias das fotos retratam, quase com perfeição a nossa metropole. Só não foi perfeito porque faltou a nossa Catedral de Nazaré e o nosso RExPa. O resto foi Show.
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