Era por volta de 15h. quando o governador chegou, muitos se encontravam no salão principal e outros muitos no auditório, tudo isso no Hangar. Entre eles secretários, deputados, vereadores e demais autoridades. Todos na expectativa do anúncio do investimento do governo para os quatro anos.
A presença de Jatene foi anunciada pelo cerimonialista e como sempre, o governador quebrou o protocolo, pulou o palanque da mesa redonda.
Entre gargalhadas e palmas contidas de senhores educados, escutava-se outras bem mais estridentes, pareciam gritar para serem ouvidas, não sabemos se dos puxa-sacos ou dos com dor de cotovelo.
Partidos aos montes! Oposição? Bem poucos, porém uns tantos infiltrados para saber o destino e a quantidade da verba pública destinada a ser empregada no Estado.
Agenda mínima foi a protagonista da tarde desta terça (12). Fizemos a cobertura em tempo real no Twitter, por alí começou uma interação daqueles que queriam acompanhar as últimas notícias e os principais comentários, outros estavam mesmo preocupados em alfinetar o governo. É minha gente, sabe como se chama isso? LIBERDADE DE EXPRESSÃO!
Assim como fez na primeira vez que chefiou o Executivo, Jatene enumerou, no documento (Agenda mínima), as obras e investimentos que se "obriga" a realizar até 2014. Entre os planos do governo estão: A conclusão das obras inacabadas, deixadas pelo governo anterior ; investimentos prioritários em Segurança, Educação, Saúde e Meio Ambiente, e como não podia faltar outros investimentos nos demais setores, contemplando todas as áreas de atuação do governo. vimos muitos rostos conhecidos, porém show de explicação foi dada pelo palestrante Caio Marini que fez até leigos entenderem o que era gestão pública. Foi uma aula inaugural como denominaram alguns twitters de minha TL, uma explicação necessária, talvez irrelevante para as centenas de gestores alí presentes, porém, importante para nós jornalistas que temos o dever de informar a população sobre o que noticiamos, para tal, precisamos entender, e isso tenho certeza que conseguimos.
Sérgio Leão,Secretário de Governo, foi contudente. O único a tocar nos falsos pilares do governo anterior. Ele foi direto e sem muitos rodeios deu nome aos bois, ou melhor aos números que faltavam nos cofres públicos. Com uma equipe mista (antigos e novos gestores do governo Jatene), o Secretário afirmou que a comemoração dos 100 dias de Governo já era uma vitória e um presente para o povo do Pará, afinal o planejamento de quatro anos estava feito para ser cumprido, e a Agenda mínima, pronta e distribuida ao povo para ser cobrada.
Jatene assumiu o microfone, para agradecer, para falar das parcerias, dos amigos e para dizer que não vai mais olhar para "retrovisor", se referindo ao governo anterior, pretende olhar pra frente e fazer um bom governo. Porém enalteceu os bons projetos implantados pelo governo PT como o Bolsa Família, o Navega Pará. E voltou a afirmar, não mudará os nomes dos projetos que deram certo. E a informação que todos aguardavam, para saber sobre o seu quinhão finalmente foi dada.
Os investimentos nesses projetos somarão, segundo o governador, R$ 4,5 bilhões. Isso representa, no cálculo de Jatene, cerca de 10% da arrecadação presumida do Pará nos próximos anos. "O Governo que não se dispuser a usar pelo menos 10% do que tem nos cofres em investimentos não terá feito absolutamente nada", afirmou o governador. Otimista, Jatene prosseguiu o discursso: "Se multiplicarmos o nosso orçamento anual por quatro, teremos algo em torno de R$ 48 bilhões. Os R$ 4,5 bi que estão previstos para investimentos representam apenas 10%", calculou o governador. "É possível realizar isso. Não será fácil, mas é possível", reiterou. Nas palavras Jatene amenizou pegar pesado nas patinadas do governo passado, porém nos números ele não perdoou.
O Governador, lembrou que, no primeiro trimestre de 2010, no governo passado, só a rubrica Custeio consumiu R$ 419 milhões dos cofres públicos. "Nos quatro trimestres daquele mesmo ano, 2010, foram gastos em Custeio R$ 802 milhões", informou. "Pois no primeiro trimestre de 2011, nossos primeiros passos no governo, baixamos os gastos com Custeio para R$ 382 milhões", informou. "É preciso fazer sacrifícios hoje, se quisermos pensar num Estado melhor amanhã", avisouponderou o gestor. Após o desabafo a protagonista voltou a reinar.
Na Agenda Mínima, estão a construção de 2 hospitais regionais, a conclusão e equipamento do Hospital Oncológico Infantil e a implantação do Centro de Hemodiálise; a implantação de 10 Unidades Pró-Paz em Belém e no interior e a contratação e formação de 4 mil novos policiais; a implantação de unidades da Universidade Tecnológica do Pará (Unitec) e do curso de Medicina em Marabá; a construção da Praça do Esporte e Lazer no entorno do estádio Mangueirão; a efetivação do Programa Municípios Verdes em 100 municípios; a construção de centros de convenções em Marabá e Santarém; a construção do Jardim das Palmas no entorno do Terminal Hidroviário e do novo Parque Ambiental do Utinga; a ampliação da rede de abastecimento de água em 46 municípios e o atendimento a 18 mil famílias com lotes urbanizados no Estado.
Personalidades da política e dos três poderes estiveram presentes até o fim do pronunciamento do Governador. Entre eles o vice-governador Helenilson Pontes; a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Raimunda Noronha; o presidente da Assembleia Legislativa, Manoel Pioneiro; o procurador geral do Ministério Público, Antônio Almeida; o conselheiro José Carlos Araújo, do Tribunal de Contas dos Municípios; o presidente do Movimento Brasil Competitivo, Erik Camarano; o presidente da Federação das Indústrias do Pará, José Conrado; o presidente da Federação da Pecuária e Agricultura, Carlos Xavier; o prefeito de Alenquer, João Piloto; o vereador de Belém, Nehemias Valentim, e o coordenador do Conselho Comunitário do Jurunas, João Cruz.
E chegou ao fim a transmissão via Twitter, via TV que em breve você acompanha e agora em primeira mão e antes dos jornais locais via Blog, tudo fruto da apuração dos Jornalistas Kaliu Andrade e Fernando Araújo em tarde dedicada a Agenda mínima de Governo!
8 comentários:
Um pequeno Norte a esse governo de pura revanche...
Estado do Pará continua na liderança do ranking salarial na gestão ambiental. Em primeiro lugar entre os Estados que PIOR remunera os trabalhadores da gestão ambiental, o Pará é o retrato perfeito da total inversão de valores. Grande percentual da arrecadação de recursos estaduais é advinda do trabalho realizado pela Secretaria de Estado Meio Ambiente que, de forma precária, tenta realizar trabalhos de fiscalização e de licenciamento sem ter condições logísticas e de remuneração digna para os servidores. Confira:
Abaixo, um breve comparativo da remuneração dos servidores da área ambiental em alguns estados Brasileiros:
Minas Gerais: Vencimento Base - de R$ 1.700 a R$ 2.100, podendo chegar a R$ 5.695,83
Amapá: Vencimento Base - R$ 3.527,50 (Mestres e doutores ainda tem percentual sobre do VB) - R$ 4.938,00
Mato Grosso: Vencimento Inicial - R$ 2.414,21, com gratificação de até 100% - R$ 4.800,00
Amazonas: Vencimento Base - R$ 400,00, com Gratificação de Atividade Ambiental + R$ 3.000,00 = R$ 3.400,00
Ceará: Vencimento Base - R$ 1.641,72, com gratificação de até 100% - R$ 3.300,00
Santa Catarina: Vencimento Base - R$ 1.200,00 + Gratificação Atividade ambiental R$ 1.986,32 - R$ 3.186,82
Piauí: Vencimento Base - R$ 844,00 + Gratificação de Atividade Ambiental - R$ 1.500,00 - R$ 2.344,00
PARÁ: VENCIMENTO BASE - R$ 540 + Adicional de nível superior (R$ 432,00) = R$ 972,00
Matéria diferente hein bacana? mudou de fonte ou contratou novo pessoal? Não se comprometeu, não puxou o saco de ninguém, desta vez noticiou os fatos.
Twitter, tu já sabe utilizar isso como comunicação? Hoje fizeste a lição de casa, boa cobertura, com dados e informações relevantes. Quando se quer se aprende a fazer direito!
12 de abril de 2011
Hospital Regional de Tucuruí: ainda
crNo início do atual governo, sabendo que a direção do Hospital Regional de Tucuruí (HRT) seria objeto de desinteligências políticas entre forças locais, enviei ofício ao secretário de Saúde sugerindo que fosse feita uma intervenção da unidade.
Na ocasião, demonstrei preocupação com a inconveniência cometida pela Prefeitura de Tucuruí, que transferiu a maternidade do Hospital Municipal para dentro do HRT, sem adequação da sua estrutura física e operacional.
A SESPA nomeou uma “interventora” que, imaginei, faria o levantamento da situação, tomando as medidas cabíveis e assinando a prefeitura municipal um prazo para termo da anomalia.
Recebo informações de que o HRT sofre um processo de insuficiência, exigindo medidas gerenciais que ofereçam os serviços de forma, pelo menos, razoável, o que, nas circunstâncias, já seria ótimo.
Noticia-se que o HRT sobrecarrega-se pelo suposto escoramento dos serviços de saúde básica do município na sua estrutura, correndo o risco de se transformar em um mero depósito de doentes.
Foram instalados, por exemplo, três leitos de UTI no Pronto Socorro do HRT, mas, além da inconveniência estrutural, a medida não foi acompanhada de disponibilidade de pessoal especializado.
Embora sem cadastro no SUS, o HRT tem uma UTI Neonatal que suporta até 16 recém-nascidos. Esta estrutura é sobrecarregada a até 27 pacientes: ambiente para uma tragédia aos moldes da morte de bebês na Santa Casa, em Belém.
O laboratório do HRT está praticamente desativado, o que prejudica os diagnósticos eventuais, inclusive o acompanhamento específico dos pacientes de UTI.
A “Maternidade Municipal”, transferida para o HRT, inclusive com a suposição de que a Prefeitura de Tucuruí não efetua os repasses das AIHs pelos procedimentos, funciona em um arranjo inadequado, o que expõe os pacientes a um nível elevado de probabilidade de infecção.
Há notícias de que, com a lotação da UTI, pacientes que lhe fazem jus estão sendo monitorados em leitos de Clínica Médica, e alguns, após cirurgia neurológica, permanecem por mais de 48 horas no centro cirúrgico.
O município canibaliza o HRT, realizando ali procedimentos básicos de ultrassom, Raios-X, lavanderia, alimentação e esterilização.
A precariedade da situação levou o 2º Promotor de Justiça de Tucuruí a visitar as dependências do HRT. A visita equivocou-se no foco, ao colocar lentes na não instalação dos aparelhos que efetivariam o funcionamento da “Unidade de tratamento de câncer”.
Embora a instalação dos equipamentos seja uma necessidade, não é este o problema flagrante do HRT: merece imediata ação da promotoria a constatação da precariedade na prestação dos serviços já existentes e suas causas imediatas, principalmente a apuração do que há de verdade nas denúncias de que o município não está repassando ao HRT os procedimentos que aponta no sistema.
Compreendo as conveniências de geografia política entre a SESPA e o prefeito municipal de Tucuruí, mas, não é aceitável que a Secretaria seja resiliente com uma situação que potencializa as dificuldades encontradas para prestar serviços de saúde em toda a área que o HRT cobre.
A SESPA precisa agir imediatamente, colocando os pingos nos is, recebendo os serviços que presta e expurgando os que não recebe.
Aos 100 dias do atual governo, ainda está válida a observação inaugural do governador Simão Jatene: “há pouco espaço para erros.”.
Postado por Parsifal Pontes
Simão como sempre, querendo aparecer diferente do que é. Quanta Lorotice meu Deus.
Pera aí Bacana , tem conta que não bate. Ora, se o jatene diz que "Nos quatro trimestres daquele mesmo ano, 2010, foram gastos em Custeio R$ 802 milhões", e informa que no primeiro trimestre de 2011 este gasto foi de 382 milhões, se ele mantiver o mesmo ritmo de gastos do primeiro trimestre de 2011 vai chegar ao final do ano gastanto R$ 1.528.000.000,00, quase o dobro do que gastou Ana Júlia em 2010 . Onde está a economia ? Égua da conta de tucano ou esses números estão errados
Se msotraste um verdadeiro puxa-saco!!!
Vais abocanhar q conta do governo???
Fala! Bacana,
Tudo indica que esses 100 dias é com S (SEM) DIAS.
Bacana nada mudou do PAC PARÁ 2, anunciado em 06 junho de 2010, pela ex ANA JULIA é só fazer a comparação que o Lorota vai apenas seguir o que já estava sendo feito, se não neca neca.
Parabéns pela imparcialidade da publicação.
CPI do SUS
Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito deverá ser instalada na Câmara dos Deputados e outra no Senado para investigar denúncias de desvio nos recursos repassados aos estados e municípios por meio do SUS e fraudes no Programa Saúde da Família.
Criado em 1990 para garantir o atendimento médico-hospitalar à população, o SUS foi transformado no maior foco de desperdício do orçamento público brasileiro. Bilhões são desviados de hospitais, clínicas credenciadas e unidades de saúde. Há claros indícios da existência de crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, peculato e corrupção. Uma CPI lançaria luz nas denúncias veiculadas pela imprensa e nos relatórios da Controladoria Geral da União.
O cadastro do SUS permite credenciamento de médicos em até 17 unidades de saúde e abre brecha para o comércio de CPFs com o objetivo de burlar as regras do Programa Saúde da Família.
Investigações da CGU apontam desvios de R$ 662,2 milhões. E olhem que só 2,5% das transferências denominadas “fundo a fundo” são fiscalizadas.
Entre as fraudes descobertas, figuram compras e pagamentos irregulares, superfaturamentos e desperdício com construção de hospitais. E 800 municípios não têm nem mesmo fundos de Saúde registrados, condição básica para a transferência de recursos públicos.
Postado por Franssinete Florenzano às 13:30 0 comentários Links para esta postagem
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