10 de abr. de 2011

Saudosismos


Comecei muito cedo. Com treze anos, dentro de uma redação do já extinto Jornal Cidade, em Campo Grande no Mato Grosso do Sul.
Por conta disso, e do amor ao teatro e a música brasileira e pela curiosidade de conhecer outras cidades, outros países, acabo tendo algumas histórias para contar. Essas paixões me levaram a conhecer muita gente interessante, muitos lugares legais.
Aqui vou tentar lembrar algumas, por saudosismo talvez.
Com a licença dos leitores, claro.
A gente sabe que está envelhecendo quando começa a ficar nostálgico.
Uma vez, eu com meus dezesseis ou dezoito anos, chega o diretor do Diário da Serra, um dos jornais dos Diários Associados e por onde fiquei cinco anos.
Reunião.
O motivo era uma engenhoca que acabara de ser instalada no Correio Brasiliense e que iria ser instalada também no DS. O tal computador.
O diretor avisou que havia comprado vinte e cinco trambolhos daquele e teríamos obrigatoriamente que utilizá-los, antes grátis um cursinho para manusear o SER. Era chegado o fim da máquina de datilografar, anunciava nosso algoz.
Sabe o o que fizemos ? Greve, ora pois.
Como viver sem a máquina de escrever, a lauda em papel jornal ? O que esse pessoal pensava da vida?
Bom, claro que depois de um dia de greve fomos informados que, ou era aprender a utilizar o trambolho ou rua.
Claro, a greve acabou.
Triste foi o dia que chegamos e não havia uma única máquina de escrever. Tudo substituído por um objeto grande e meio bége - a minha máquina de datilografar era vermelha, Ferrari.
Início do tal cursinho de aprendizagem. Um sufoco, reclamações, esses capitalistas querem acabar com a gente !!!
He he.
A maior dificuldade era primária, o pessoal da redação tinha a mania de ao escrever deixar o dedo apertando a tecla da última letra, ou pontuação, da frase. Na máquina, nenhum problema, a tecla ficava bastante quietinha, como deveria ser.
Mas no computador, ao escrever amor o dedinho criava um monte de rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrs, só percebido quando os olhos se voltavam para a tela verde do bicho. Raiva geral, reclamações, essa merda não vai dar certo !!!
Mas deu.
Hoje escrevo aqui no IPad, puto da vida pois já chegou o IPad dois e eu não tenho.
Ainda.



PS ; Esse meu " ficando velho" entenda-se a aproximação com os quarentinha. E só.
Apenas 26 anos de labuta, he he.

2 comentários:

Anônimo disse...

Com todos esses anos numa redação e não conseguiu aprender o português? Cruz credo...

Anônimo disse...

Quem quer saber da tua "brilhante" vida profissional?
És um cara muito complexado, Bacana. Daí que procuras a toda hora mostrar um prrfil que achas excepcional, mas é apenas conto da carochinha, acrescido com invenções contumazes em pessoas com o teu currículo, falso e vazio...
Desculpa se fui muito duro, mas é que não aprendes. Já deves ter sido alertado várias vezes sobre isso e não te emendas.