1 de nov. de 2011

Paraenses são premiados na maior Feira de Ciências da América Latina

Legal quando os jovens são destaques em notícias assim...


Os projetos "Matapi Ecológico" e “Farelo do Resíduo do Palmito para Suínos” renderam a dois alunos paraenses premiações na maior Feira de Ciências da América Latina, a 26ª Mostratec (Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia), que aconteceu entre os dias 25 e 28 de outubro, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Além da Mostra, considerada uma referência internacional entre as feiras do gênero, ocorreram paralelamente o 18º Seminário Internacional de Educação Tecnológica (Siet) e o 3º Salão da Inovação, evento que busca mostrar os avanços tecnológicos de empresas e instituições.
A Mostratec reuniu jovens cientistas, na faixa etária de 14 a 21 anos. Nesta edição da Feira foram apresentados 350 projetos, distribuídos por 13 áreas. Cada uma das categorias premiou os quatro melhores classificados, e os destaques gerais receberam prêmios de tecnologia, oferecidos por empresas e instituições do Brasil, Argentina, Cazaquistão, Chile, China, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Indonésia, Iraque, Itália, México, Nigéria, Paraguai, Peru, Turquia e Uruguai.
Os estudantes paraenses foram bem sucedidos no evento. O projeto “Matapi Ecológico” conquistou o 1º lugar na categoria de Gerenciamento do Meio Ambiente, além do Prêmio Braskem de Tecnologia para Incentivo à Sustentabilidade, que entregou a cada integrante da equipe um computador. A aluna pesquisadora Regiane Silva, da Escola Cristo Trabalhador, localizada no município de Abaetetuba (Região do Baixo Tocantins), que desenvolveu o projeto do matapi (objeto usado na captura do camarão em rios do Pará) sob a orientação do professor Gilberto Silva, foi credenciada para representar o Brasil na “Exporecerca Jove”, em março de 2012, em Barcelona (Espanha).
O projeto de Regiane visa a melhoria da captura do camarão na localidade onde ela mora, às margens do Rio Tauerá de Beja, na zona ribeirinha de Abaetetuba. Ela propôs uma mudança no matapi, que os ribeirinhos confeccionam de forma artesanal, com a tala do jupati e cipó retirados da mata, aumentando o espaçamento entre as talas. O novo matapi possibilita a saída dos camarões pequenos, respeitando seu ciclo de vida e capturando apenas os camarões adultos, trazendo mais lucro para quem trabalha com camarão.
Alternativa - Outro projeto premiado foi o “Farelo do Resíduo do Palmito para Suínos”, que credenciou o aluno Cleisionor Santos, da Escola Dalila Afonso, do município de Igarapé-Miri, para representar o Brasil na Expo-science AmLAT (Milset), em julho de 2012, em Assunção, no Paraguai. O projeto defende a produção alternativa do farelo para suíno, por meio do resíduo do palmito (“pé” e “talo”), para diminuir os impactos ambientais e sociais provenientes do beneficiamento do palmito em Vila Maiuatá, localidade do município. A pesquisa foi orientada pela professora Vânia Machado.
Já o projeto “Saúde na Escola” deu aos alunos pesquisadores Manoel Pedro e João Pantoja, da Escola Manoel Antônio de Castro, de Igarapé-Miri, o direito de representar o Pará na Feira de Ciências e Tecnologia, que acontecerá em Imperatriz, no Maranhão, em outubro de 2012. O objetivo do projeto é fazer um trabalho de educação preventiva das helmintíases (verminoses) na comunidade escolar do município, que não possui nenhum programa de educação preventiva relacionado a essa patologia. Em 2012, este projeto também participará do Foro Internacional, na categoria supra nível, no Chile. O trabalho tem como orientadores os professores Hélio Júnior e Josineide Costa.
Para Gilberto Silva, coordenador de Incentivo à Pesquisa, da Secretaria Municipal de Educação de Igarapé-Miri, a participação de alunos e professores nesse tipo de evento é de grande importância, pois eles têm a oportunidade de conhecer outros alunos e professores do Brasil e de outros países. “Este intercâmbio cultural vivenciado por eles muda a visão de mundo, transformando-os em cidadãos críticos, com novos olhares para os problemas do meio onde vivem. A iniciativa desses alunos demonstra também que, muitas vezes, não é necessário ter laboratórios ou equipamentos sofisticados para desenvolver projetos de pesquisa importantes”, ressaltou.
Fonte: Seduc

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